30 novembro 2011

Fusões no setor de mineração recuam, com instabilidade nos mercados

Das empresas de mineração consultadas, 39% afirmaram pretender fazer aquisições nos próximos 12 meses

O número de fusões e aquisições no setor de mineração mundial foi afetado pelo nervosismo dos mercados, e recuou neste ano, segundo pesquisa da Ernst & Young.
De janeiro a setembro deste ano, o setor viu 779 acordos em todo o mundo, o que representa um recuo de 6% ante o mesmo período do ano passado.

"As empresas estão muito bem posicionadas para realizar operações de fusão e aquisição, mas o cenário econômico global e as condições de volatilidade do mercado estão dificultando as execuções dos negócios", afirma Stephen Collins, gerente sênior de transações da Ernst & Young Terco.

Outro estudo recentemente elaborado pela consultoria mostra que as companhias do setor de mineração estão com seus balanços sólidos e que o crescimento é prioridade para 50% das companhias do setor.

Na mesma pesquisa, 39% das empresas de mineração afirmaram pretender fazer aquisições nos próximos 12 meses.

Em termos de volume dos acordos, o período até setembro deste ano acumulou cerca de US$ 132 bilhões, valor 67% maior do que o registrado no ano passado (US$ 78,9 bilhões).

A América do Norte liderou o ranking (em volume) como o alvo preferido para fusões e aquisições em mineração (com US$ 51,3 bilhões), enquanto a América Latina aparece em quarto lugar, registrando US$ 16,1 bilhões.

Por outro lado, os países da Ásia-Pacífico dominaram entre as regiões mais ativas em aquisições, movimentando US$ 46,3 bilhões. Neste quesito, a América Latina ocupou o quinto lugar, com US$ 6,3 bilhões.

Até setembro deste ano, ocorreram 123 operações de abertura de capital, movimentando US$ 16 bilhões. As chamadas "empresas junior" de minério da Austrália tiveram destaque nas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), com 54 operações.
O carvão continua a centrar as operações de fusão e aquisição do setor, respondendo por mais de US$ 30 bilhões em volume de negócios.
Colaborou para esse cenário a forte demanda, puxada pela China e Índia.
Fonte:brasileconomico30/11/2011

30 novembro 2011



Rakuten compra Kobo por US$ 315 milhões

A Rakuten é uma das maiores plataformas de e-commerce, enquanto a Kobo tem o mais popular serviço de eBook no mercado

A Rakuten fez a aquisição de 100% das ações da canadanese Kobo, pelo valor de US$ 315 milhões.

A Rakuten é uma das maiores plataformas de e-commerce, enquanto a Kobo tem o mais popular serviço de eBook no mercado e uma das maiores livrarias virtuais do mundo com mais de 2,5 milhões de títulos disponíveis.

"A Rakuten oferece para a Kobo uma oportunidade sem precedentes para estender seu alcance por meio de algumas das maiores companhias regionais de e-commerce do mundo", disse Hiroshi Mikitani, presidente da Rakuten.

Após o encerramento da transação, a Kobo vai continuar com sua sede, equipe de gestão e funcionários em Toronto, Ontário.
Fonte:brasileconomico30/11/2011



Correios vão licitar franquias

Correios vão lançar edital de franquias em dezembro

Os Correios querem encerrar um impasse que já dura quase dez anos: vão lançar, na primeira quinzena de dezembro, o edital de licitação para contratar cerca de mil agências franqueadas. A informação foi dada ao Valor pelo presidente da estatal, Wagner Pinheiro, que revela a intenção de ter o processo licitatório concluído em março. Todas as agências deverão estar regularizadas até um ano depois, em março de 2013

Os Correios querem por fim a um impasse que já dura quase dez anos: vão lançar, na primeira quinzena de dezembro, o edital de licitação para contratar em torno de mil agências franqueadas. A informação foi antecipada ao Valor pelo presidente da estatal, Wagner Pinheiro, que revela a intenção de ter o processo licitatório concluído em março do ano que vem. "Todas as agências deverão estar regularizadas até um ano depois, em março de 2013", detalhou.

As franquias postais vivem em estado de insegurança jurídica desde 2002. Elas representam só 12% da rede total de agências, mas são responsáveis por cerca de 40% do faturamento dos Correios. O TribCorreriounal de Contas da União (TCU) já chegou a questionar a constitucionalidade de manter seus contratos vigentes sem nunca terem passado por licitação, mas a abertura de concorrência tem esbarrado sempre na lentidão da estatal ou na chiadeira dos próprios empresários.

Agora, Pinheiro aposta em uma solução que considera mutuamente satisfatória e diz ter obtido sinal verde do TCU para o edital. "Procuramos ouvir todas as angústias e reivindicações do setor. No nosso entendimento, chegamos a bom termo", afirmou o presidente.

Os novos contratos terão validade de dez anos, podendo ser renovados por mais dez. No processo de licitação, o critério para definir a vitória em cada uma das franquias será o de melhor proposta técnica, com preço fixado em edital.

Uma das principais novidades do novo edital é a inclusão do marketing direto (basicamente mala-direta) entre os serviços que as franquias estarão habilitadas a oferecer. Na licitação anterior, suspensa sem que mais de dois terços das agências tivessem completado o processo, esse serviço era uma exclusividade da rede própria dos Correios. A reclamação das franqueadas era porque, em muitos casos, o marketing direto correspondia a mais da metade de suas receitas.

Pinheiro não adianta valores, mas deixa claro que a taxa de remuneração das franqueadas também vai melhorar. Pelos contratos vigentes, os Correios pagam a elas uma participação de 40% a 10% de suas receitas. Quem presta a menor quantidade de serviços tem uma fatia maior, enquanto quem vende mais fica com participação inferior. O edital suspenso reduzia esses índices para 29,5% a 5%, o que gerava fortes críticas dos empresários.

"As tabelas de remuneração dos serviços estavam muito apertadas", reconheceu o presidente. Ele disse, porém, que serão mantidas restrições para a captação de clientes no atacado. Isso significa que companhias como bancos, distribuidoras de energia e teles que enviam suas faturas, por exemplo, deverão ficar como clientes exclusivos das agências próprias dos Correios.

Em versões anteriores de licitações que não foram adiante, houve questionamentos sobre um eventual favorecimento da estatal aos atuais donos de franquias, com a inclusão de exigências nos editais que só eles poderiam atender. A vice-presidente de rede e de relacionamento com clientes dos Correios, Glória Guimarães, garantiu que haverá isonomia na disputa. "Todos entram em igualdade de condições", assegurou ela.
No ano passado, os Correios tentaram licitar a rede de franquias postais, mas o processo acabou suspenso devido à enxurrada de liminares judiciais contrárias ao processo. Apenas 455 das 1.418 agências foram efetivamente licitadas. Dessas, 56 já foram instaladas. As demais estão em fase de implantação. Como elas assinaram compromissos baseados em outras regras, inclusive de remuneração dos serviços, haverá aditamentos aos contratos em vigência. "Os próprios Correios tomarão a iniciativa de fazer as alterações", disse a vice-presidente.

As agências franqueadas, que hoje predominam na rede dos Correios em grandes centros urbanos, foram instituídas no início dos anos 90. Entre 1992 e 1994, foram expedidas 1.748 autorizações. A Lei 9.648, de 1998, incluiu os serviços postais no rol de atividades públicas sujeitas ao regime de concessão ou de permissão, estabelecendo prazo até o fim de 2002 para os contratos.

Sem as providências para fazer um leilão das franquias até essa data, o governo prorrogou a validade dos contratos até novembro de 2007. O TCU entrou nas discussões e argumentou que a prorrogação havia sido inconstitucional. Mas a estatal fracassou novamente na tentativa de licitar as franquias e renovou os contratos até novembro de 2010. Em cima da hora, uma medida provisória estendeu o prazo até 2012, mas a cobrança do TCU para a licitação aumentou ainda mais.

A publicação dos editais é aguardada com apreensão pela Abrapost, instituição que representa a rede de franqueados. No fim do ano passado, a associação chegou a sugerir que o país sofreria um "apagão postal", caso a estatal não entrasse em acordo com as franquias. Dessa vez, o clima é mais ameno. "Não conhecemos os detalhes do que será proposto, mas temos confiança que serão apresentadas regras mais equilibradas", disse Marco Aurélio de Carvalho, advogado da associação. Por André Borges e Daniel Rittner
Fonte:Valoreconômico30/11/2011



Consolidação de Brasil afeta negociações

Na nova composição de controle da Usiminas não haverá um sócio preponderante que consolidará o resultado total. Os ganhos e as perdas da empresa serão divididos entre os dois principais acionistas, os japoneses da Nippon e os ítalo-argentinos da Ternium, conforme sua participação no capital total.

Dessa forma, a nova integrante do bloco poderá ampliar sua receita líquida em aproximadamente US$ 900 milhões ao ano, o equivalente a um aumento de 10% sobre a base atual. Já a Nippon deve manter sua política de consolidar a Usiminas por equivalência patrimonial, método em que somente o resultado líquido proporcional é adicionado ao balanço, numa única conta.

A definição sobre a forma de consolidação dos resultados de uma companhia alvo de aquisição, normalmente, afeta sensivelmente as negociações.

A maior exposição global do Brasil e as perspectivas positivas para o país, em contraponto ao cenário negativo para as nações desenvolvidas, têm ampliado o apetite de compradores estrangeiros por consolidar as participações detidas nas empresas brasileiras.

Esse objetivo teve peso relevante em grandes negociações recentes. Consolidar integralmente o desempenho de Brasil era determinante, por exemplo, para o interesse do Carrefour numa potencial fusão com o Pão de Açúcar. A questão ajuda a entender o complicado modelo da polêmica proposta do empresário Abilio Diniz para essa transação.

Antes disso, a Portugal Telecom enfrentou de perto essa preocupação com a sua saída da parceria com a Telefónica, no controle da Vivo, e sua entrada no bloco controlador da Oi. O acordo de acionistas foi desenhado de forma que o grupo português pudesse consolidar sua participação na operadora, equivalente a aproximadamente 24% do capital total, linha a linha.

Mas a definição sobre como registrar a participação em uma companhia investida não depende apenas do gosto do freguês. Dentro do padrão contábil internacional IFRS, usado no Brasil desde 2010, a consolidação de 100% da receita e dos ativos só pode ser feita por um sócio que detenha mais de 50% das ações e caso nenhum outro minoritário tenha direito de veto nas decisões.

Já o registro por equivalência patrimonial - em apenas uma linha no balanço e em uma linha na demonstração de resultado - ocorre quando a investida é considerada uma coligada. Isso se configura quando a investidora exerce "influência significativa" na administração da investida, mas não a controla. Grosso modo, se presume essa influência quando a fatia no capital votante fica entre 20% e 50%, embora ela possa existir com percentuais menores.

Há um terceiro modelo, permitido pelo IFRS para joint ventures (e obrigatório no Brasil, por enquanto), que é a consolidação proporcional. Nesse sistema, usado pela Ternium em suas operações do tipo, a investidora registra linha a linha sua fatia no capital total da investida. A Ternium foi questionada se manterá a mesma política para seu investimento de cerca de 13% no capital da Usiminas, mas não respondeu até o fechamento desta edição.

Seja qual for a decisão da empresa ítalo-argentina, ela valerá somente para o balanço de 2012. Uma nova regra do IFRS, que passará a valer em 2013, determina que todas as joint ventures sejam registradas apenas por equivalência patrimonial.
Na prática, espera-se que a partir de 2013 entrem na moda os balanços pro forma ou, as análises proporcionais, como devem ser rebatizadas essas demonstrações de resultado.

Mesmo sem ter a maioria do capital votante, as companhias que compartilham controle de outras vão querer continuar mostrando isso aos seus investidores - em especial se os números vierem do Brasil e trouxerem crescimento.

A exposição a Brasil se valorizou não apenas para os investidores de ações, mas também para credores, ou seja, tem auxiliado na redução do custo de capital de algumas companhias.

Mas até mesmo para fazer os balanços pro forma haverá critérios, ainda que dependa apenas do bom senso de mercado.

Por exemplo, nessa transação mais recente, da Usiminas, se a Nippon aceitasse o modelo que a Gerdau gostaria de negociar - que necessitava da integração dos ativos - ela seria fortemente diluída.

Num exercício simples de uma combinação pela média dos preços em bolsa, a Nippon, que detém aproximadamente 13% do capital total da Usiminas seria diluída para 6% em caso de união dos dois grupos. O objetivo da Gerdau era juntar Açominas e Usiminas.
Não se sabe se a questão da consolidação foi determinante na decisão da Nippon sobre o futuro da Usiminas. Ao recusar integrar ativos, o grupo japonês afetou a disposição da Gerdau em pagar preços mais elevados. Contudo, segundo fontes, não houve um leilão pela siderúrgica mineira. A companhia da família Johannpeter teria abandonado as negociações antes da definição pela Ternium.

Mesmo assim, em teleconferência com investidores, o presidente da Ternium, Daniel Novegil, fez questão de dizer que o preço de R$ 36 por ação pago para entrar na Usiminas foi resultado de um processo competitivo, e não só de cálculos sobre o fluxo de caixa futuro da companhia.

O Valor apurou ainda que a "afinidade" entre Nippon e Techint, controladora da Ternium, foi decisiva para o sucesso da operação.

Mas é fato, também, que a Nippon não sofrerá nenhuma alteração em seu balanço, após a transação com o sócio ítalo-argentino, com o qual também compartilha uma siderúrgica no México.

E, para o futuro pro forma dos balanços, a dúvida é como reagirão as agências de rating. Isso porque elas possuem critérios mais rígidos e objetivos para suas análises de risco de crédito. Por Graziella Valenti, Fernando Torres, Daniele Madureira e Denise Carvalho
Fonte:Valoreconômico30/11/2011



Pola Orbis vai comprar fabricante australiana de cosméticos Jurlique

A Paula Orbis, quarta maior fabricante de cosméticos do Japão em vendas, anunciou hoje a assinatura de um acordo para comprar todas as ações da australiana Jurlique, fabricante de cremes para o corpo e itens de banho com ingredientes naturais.

Em nota, a Paula Orbis afirma que espera pagar 300 milhões de dólares australianos (cerca de US$ 300 milhões) pela fabricante de cosméticos. O valor exato será divulgado quando a aquisição for concluída, o que é estimado para janeiro de 2012.

“A fim de alcançar sua meta de longo prazo de se tornar uma empresa global altamente lucrativa, a Pola está expandindo seu crescimento em mercados externos”, diz a nota da empresa japonesa.

O objetivo da fabricante é chegar a vendas líquidas de 250 bilhões de ienes (US$ 3,2 bilhões) até o ano fiscal de 2020, sendo que as vendas internacionais devem responder por pelo menos 20% desse valor.

A Jurlique tem nove subsidiárias em cinco países, com forte presença na Austrália, Nova Zelândia e em países emergentes asiáticos.

A Pola Orbis afirma, no comunicado, que continua a buscar negócios estratégicos para aquisições e parcerias.Luciana Seabra
Fonte:Valor30/11/2011



Holding Clube adquire 25% da digital Panda

É a oitava empresa a fazer parte do grupo, que marca sua entrada no universo digital

Holding Clube espera que Panda se torna parte fundamental nos projetos das outras empresas

A Holding Clube comprou 25% da agência digital Panda e aumenta para oito o número de braços do grupo. A aquisição tem a ver com os planos de José Victor Oliva de adicionar mais capacidades digitais à holding e vinha sendo planejada desde o começo do ano, assim como o inicio das atividades da startup Playbook, empresa de entretenimento baseada em crowdfunding lançada em outubro.

Sob o ponto de vista estratégico, a Holding Clube espera que a Panda se torne parte fundamental dos principais projetos da casa. “O grupo precisava ter uma presença mais forte no mundo digital. Não estou falando só de site, mas de interatividade e ações multiplataforma”, diz Marcel Sacco, CEO da holding. O executivo sonha alto e afirma que o negócio tem potencial para se tornar futuramente a maior operação do grupo, acima até do Banco de Eventos, a origem da holding.

O “namoro” de Panda e Holding Clube começou há um ano quando uma das empresas do grupo, a Rio 360, concorreu e conquistou o Prêmio Caboré em 2010. “Eles criaram a estratégia digital da campanha e nós atribuímos uma grande parte da vitória ao trabalho deles”, reconhece Sacco.

A Panda segue sob controle dos sócios do negócio, Letícia Galvão Bueno, Daniel Trenche, Felipe de Castro e Gustavo Castro, e poderá ter clientes próprios. Mas a expectativa é que a empresa atinja um novo patamar de receitas por conta dos clientes da holding que passará a atender. “Fazer parte da Holding Clube muda tudo para nós. Ganhamos projeção e escala que não se pode comparar com as atuais. Passamos a estar no radar de todos os grandes clientes deles”, afirma Letícia.

Atualmente, a agência tem como maiores contas próprias Melhoramentos, Esso, Sulamérica Seguros e a categoria automobilística Stock Car. O primeiro projeto “herdado” por conta da parceria com a Holding Clube já confirmado é a parte digital do Camarote Brahma do Carnaval 2012. “Existe uma grande sinergia entre o digital e o marketing promocional. Podemos ajudar, por exemplo, na interatividade de eventos”, aposta Letícia. Segundo ele, o foco de atuação da Panda está em criação, estratégia digital, tecnologia e produção de conteúdo.

As outras empresas da holding são Banco de Eventos, Samba.pro, Rio 360, Cross Networking, Luynx, FanClub e Playbook. Por Felipe Turlão
Fonte:meiomenssagem28/11/2011



Bovespa pode ter concorrente no Rio a partir de 2012

Única Bolsa de Valores do país, a BM&FBovespa pode ganhar uma concorrente. A Direct Edge, líder no mercado de ações nos Estados Unidos, prepara o lançamento de uma Bolsa totalmente eletrônica sediada no Rio de Janeiro.

A perspectiva é que comece a operar no final do ano que vem. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ainda precisa aprovar a criação da nova plataforma.

Caso seja autorizada, o Rio terá sua primeira Bolsa de Valores desde 2002, quando o pregão local foi fechado.

A Prefeitura do Rio espera que a nova bolsa atraia empresas de serviços de corretagem e de tecnologia financeira, reaquecendo ainda mais o mercado local.
Fonte:folhadesp30/11/2011



MP 540 deve ajudar as empresas de TI a banirem a PJ

A Medida Provisória pode acabar com as vantagens do trabalho informal no setor
Trabalhadores do setor de TI: nova MP deve garantir a carteira assinada para todos

A Medida Provisória 540 é um saco de gatos. Versa sobre quase tudo. Reduz o IPI da indústria automobilística, permite o uso de recursos do FGTS em obras da Copa de 2014 e autoriza a publicidade institucional de fabricantes de cigarros. Embora bombardeada por políticos da oposição, foi aprovada na última semana no Congresso. Agora, aguarda sanção da presidente Dilma Roussef — o que pode ocorrer até 14 de dezembro. No setor de Tecnologia da Informação (TI), contudo, a MP recebeu um adjetivo contundente: revolucionária. “Ela vai desonerar as empresas e acabar com as vantagens do trabalho informal no setor”, diz Antônio Gil, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

A MP, na prática, muda a maneira pela qual as companhias de TI pagam o INSS.

Hoje, elas recolhem 20% do valor da folha salarial como contribuição previdenciária. Esse percentual é cobrado caso os negócios estejam crescendo ou não.

Com a MP 540, as empresas vão recolher uma alíquota de 2,5% sobre o faturamento. Assim, um custo fixo (os 20% sobre a folha) será transformado em variável. Para as empresas, a economia será significativa. Cálculos da Brasscom indicam que o setor deixará de recolher R$ 1 bilhão por ano, sendo que, se sancionada, a MP 540 deve vigorar até 2014. Ou seja, pelo menos R$ 3 bilhões em três anos.

Com a MP 540, as empresas vão recolher uma alíquota de 2,5% sobre o faturamento. Assim, um custo fixo (os 20% sobre a folha) será transformado em variável


E o governo vai dizer adeus para essa bolada? Em tese, não. A ideia é que ele seja recompensado de outra maneira. Ao desonerar a folha de pagamentos, Gil acredita que o número de empregos formais na área de TI aumentará de maneira expressiva.

Hoje, o segmento tem 1,2 milhão de trabalhadores. Ocorre que metade desse contingente é recrutado por meio de um subterfúgio cada vez mais em voga. Em vez de contratar essas pessoas pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), como obriga a lei, as companhias as incorporam como pessoas jurídicas, os “PJs”.

A Brasscom prevê que, com a medida provisória, 80% dos empregos informais serão regularizados. “Com isso, o governo vai recolher, por exemplo, mais Imposto de Renda”, diz Gil. “O governo, no fim das contas, vai sair no lucro.”

O presidente da Brasscom acredita que as concorrências no setor de TI serão mais éticas. “Hoje, muitas empresas se valem das vantagens de contratar uma pessoa jurídica, cujo custo final é menor, para oferecer um produto mais barato no mercado”, afirma. “Essa vantagem vai terminar.

As companhias competirão em igualdade de condições.” Francisco Blagevith, presidente da Asyst International, especializada em serviços de Help Desk, antevê benefícios caso a MP 540 seja sancionada. “Eu sempre contratei meus funcionários pela CLT e tinha um custo fixo pesado”, diz o empresário. “Por isso, perdi várias disputas no mercado.”

No fim das contas, que não são poucas, Gil considera que todo o setor vai se beneficiar com a eventual aprovação da medida provisória. “Muitas companhias tinham um passivo trabalhista tão grande por contratar PJs que não podiam ser vendidas ou mesmo abrir o capital na bolsa”, afirma. “Isso fragiliza as integrantes do setor que ficam sem capacidade de investir em áreas como inovação.” Blagevith, da Asyst, usa uma imagem para definir o tamanho da encrenca que esses passivos representam no segmento: “Existe um elefante sentado no meio da sala de estar das pessoas e elas fingem que ele não está lá.”

A MP 540, caso sancionada, pode ser vista ainda como um teste. A mesma regra aplicada ao setor de TI também alcançará outros segmentos como o de transportes urbanos, calçados e confecções. A diferença fica por conta da alíquota que incidirá sobre o faturamento das empresas (ela varia de 1,5% a 2,5%). Se tudo der certo, e há várias condicionantes, a medida servirá como um ensaio para um novo modelo de financiamento da Previdência, com desoneração da indústria. E isso, em se tratando de Brasil, está longe de ser pouco. Por Carlos Rydlewski
Fonte:epocanegocios29/11/2011



Grupo italiano Luxottica compra fabricante brasileira de óculos Tecnol

A companhia italiana, dona da marca Ray-Ban e maior fabricante mundial de óculos, começará a produzir no Brasil

O grupo italiano Luxottica - maior fabricante mundial de armações de óculos e dono da marca Ray-Ban - vai produzir no Brasil. A empresa comprou 60% da brasileira Técnica Nacional de Óculos, a Tecnol, com sede em Campinas (SP). Sergio Carnielli, presidente e fundador da Tecnol, permanecerá na empresa, com 40% das ações, presidindo o conselho da companhia.

Segundo fontes, o negócio pode chegar a cerca de R$ 800 milhões - embora não tenha ficado claro se o número se refere ao valor total da empresa ou ao montante desembolsado pela Luxottica. Informações do site Women’s Wear Daily, ligado ao grupo Condé Nast, porém, dão conta que o valor desembolsado será de US$ 160 milhões, ou R$ 300 milhões. Procuradas, Luxottica e Tecnol não se pronunciaram sobre o acordo.

A Tecnol é uma das maiores fabricantes nacionais de óculos, com aproximadamente 1,5 mil funcionários. A empresa, que deteve 50% da rede varejista Óticas Carol entre 2006 e 2008, produz armações com as marcas Forum, Kipling, Pierre Cardin, Turma da Mônica e United Colors of Benetton, entre outras. A Tecnol, porém, não divulga dados financeiros. Foi fundada há 38 anos por Carnielli, reeleito esta semana para a presidência do clube de futebol Ponte Preta - embora esteja afastado do cargo pela Justiça, por suspeita de irregularidades nas contas do clube.

Assim como outras empresas multinacionais de bens de consumo, a Luxottica vem investindo agressivamente na América Latina para compensar o crescimento mais lento em mercados mais desenvolvidos, como EUA e Europa. O Brasil e outros países emergentes se tornaram o foco da estratégia da Luxottica, conforme disse Andrea Guerra, presidente da empresa, em entrevista recente ao jornal francês Les Echos. "A Luxottica mudou completamente sua mecânica de crescimento recentemente. Estamos procurando todos os dias ser mais ‘domésticos’ em cada um dos nossos mercados."

No início do ano, a Luxottica abriu suas primeiras lojas Sunglass Hut no Brasil. A ideia é chegar a 90 lojas no longo prazo. Até dezembro, segundo a empresa, serão 12 em todo País. Ao fim de 2012, o total deve chegar a 25.

Fabricar no País "seria uma maneira de conseguir melhores preços e mais agilidade em lançamentos", disse Fabio d’Angelantonio, vice-presidente executivo de varejo da companhia italiana, em entrevista ao Estado, em setembro. "Escaparíamos dos impostos de importação e de uma situação que é muito comum: a demora na liberação de mercadorias nas aduanas." Parte fundamental do negócio da Luxottica, segundo ele, é oferecer variedade de novos modelos ao consumidor que entra em uma das óticas Sunglass Hut.

Atualmente, 60% das receitas da Luxottica vêm dos EUA, onde o grupo tem mais de três mil óticas. No Brasil, além das lojas próprias, a Luxottica vende para centenas de óticas multimarcas. As vendas da Luxottica, fundada há 50 anos, foram de € 5,8 bilhões em 2010 e de € 4,71 bilhões nos nove primeiros meses de 2011, com alta de 5,9% em relação aos mesmos meses de 2010.

Mercado

Em apenas quatro anos, o faturamento do mercado brasileiro quase dobrou, segundo a Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica). As vendas passaram de R$ 8,82 bilhões em 2006 para R$ 15,88 bilhões no ano passado. A expectativa para 2011 é de uma evolução de 25%. Dos óculos vendidos no País em 2010, dois de cada dez eram importados. Em 2009, essa proporção era de 1,6 para cada dez. As importações cresceram 37% em volume em 2010 - quase quatro vezes mais que a expansão de 10,5% da produção nacional, segundo a Abióptica. Por Lílian Cunha
Fonte:OEstadodeSP30/11/2011
SÃO PAULO -



29 novembro 2011

Até 2014, faltarão 45 mil profissionais de TI no Brasil, prevê estudo

Um dos setores que mais sofrem com a escassez de mão de obra qualificada atualmente, a área de tecnologia da informação poderá apresentar falta de pelo menos 45 mil profissionais até 2014.

A previsão é de um estudo da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), que mapeou o mercado de trabalho do setor em oito Estados brasileiros.

Segundo a pesquisa, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul terão demanda de 78 mil profissionais de TI nos próximos três anos, mas a previsão é de que os cursos superiores da área formem apenas 33 mil pessoas.

Entre os Estados, apenas Bahia, Minas Gerais e Pernambuco terão oferta suficiente de profissionais para suprir a necessidade.

O Estado com situação mais crítica atualmente é São Paulo, onde houve 14 mil contratações em 2010, enquanto as universidades formaram 10 mil novos profissionais. O estudo aponta que, também no ano passado, a evasão nos cursos da área foi de 87% em todo o Brasil.

A pesquisa detectou ainda que, desde 2003, os salários de profissionais de TI crescem acima da inflação na maioria dos Estados - as exceções são Distrito Federal e Pernambuco. A média salarial para a área é de R$ 2.950. Por Letícia Arcoverde
Fonte:Valor29/11/2011

29 novembro 2011



Inbrands compra 100% do capital da Cia das Marcas

A holding de moda Inbrands adquiriu 100% do capital da Cia de Marcas, que opera as grifes Richards, Salinas e Bitang.

A operação envolveu R$ 135 milhões, mas não houve desembolso de caixa. O pagamento foi feito em ações: a Cia de Marcas, que já detinha 4% do capital da Inbrands, passou a ter 18,6%.

A Inbrands — dona das grifes Ellus, VR Menswear, VR Kids, Alexandre Herchcovitch e 2nd Floor — já detinha participação de 10% da Cia de Marcas, além do direitos de aquisição dos 90% restantes da companhia até 2013.

Os planos eram de que, ainda este ano, a participação da Inbrands atingisse, no mínimo 35% e, no máximo, 45% da Cia de Marcas. Esta informação consta no formulário de referência da empresa, principal informativo das companhias abertas registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo comunicado divulgado hoje, o fundador Richards, Ricardo Dias da Cruz Affonso Ferreira, “continuará envolvido na operação da empresa como acionista e membro do conselho de administração”.

Em julho, a holding de moda decidiu não levará adiante sua oferta pública de ações, por conta das condições adversas do mercado. A empresa desejava levantar cerca de R$ 500 milhões, com o objetivo principal de comprar outras grifes de alto padrão. Por Marina Falcão
Fonte:Valor29711/2011



XP deve comprar duas corretoras neste ano para competir com bancos

Com aquisições, a empresa quer concorrer com bancos na oferta de aplicações financeiras
Germano Lüders/EXAME

Indicadores na BM%26FBovespa

O grupo já havia comprado o site Infomoney e formou parceria com a Interfloat HZ CCTVM, assumindo a liderança da negociação de ações por pessoas físicas na Bovespa

São Paulo - A XP Investimentos CCTVM SA negocia a compra de duas corretoras independentes ainda em 2011 para concorrer com bancos na oferta de aplicações financeiras, disse Guilherme Benchimol, sócio e diretor-geral da XP.

Uma das corretoras a serem compradas tem sede em São Paulo e a outra, no Rio de Janeiro, disse ele. Incluindo essas duas, a XP mantém negociações, em estágios distintos, com cerca de dez corretoras independentes, disse o executivo.

“Queremos concorrer com os bancos”, disse Benchimol ontem em entrevista em seu escritório em São Paulo. Ele não revelou o valor estimado para as transações, ou os nomes das corretoras com as quais está negociando. “O objetivo da XP é ser um shopping center financeiro, para permitir a comparação e a aplicação entre diversos investimentos, de bancos inclusive.”

A XP uniu suas operações à Senso Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários SA em outubro, passando a ter volume transacionado de mais de R$ 10,5 bilhões por mês. Em setembro, o grupo já havia comprado o site de notícias financeiras Infomoney e, em junho, formou parceria com a Interfloat HZ CCTVM Ltda, assumindo a liderança do mercado de negociação de ações por pessoas físicas na BM&FBovespa SA. Os valores das transações não foram divulgados.

Benchimol diz não ser “consolidador” do setor e que as transações envolvendo corretoras não são aquisições. Segundo ele, esses negócios não representam transferências societárias, que necessitariam aprovação pelo Banco Central, e são de fato parcerias que resultam na transferência dos clientes das corretoras para a XP.

A instituição, sediada no Rio de Janeiro, quer investir até R$ 20 milhões numa campanha publicitária no primeiro semestre de 2012 para atrair novos clientes.

Fonte:exame29/11/2011



Maioria dos brasileiros prefere os meios eletrônicos de pagamento

A maioria dos brasileiros prefere os meios eletrônicos de pagamento, em vez dos de papel, segundo revela pesquisa feita pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

Nesse sentido, foi identificado que 55% dos brasileiros que possuem algum tipo de cartão preferem fazer compras com meios eletrônicos de pagamento. Em 2010, o percentual era de 52%.

São Paulo e Brasília
As capitais que apresentam o maior índice de preferência são Brasília e São Paulo, com 61% das pessoas em ambas as localidades que possuem algum tipo de cartão preferindo fazer pagamentos com meios eletrônicos do que com dinheiro.

De acordo com a pesquisa da Abecs, proporcionalmente, esses mesmos lugares têm a menor preferência pelo dinheiro de papel, sendo 35% em Brasília e 36% em São Paulo. Entre as razões para tal preferência, o destaque é a praticidade.

Para 50% dos entrevistados que possuem cartão, o fato de não precisar andar com dinheiro no bolso é o que chama mais atenção para essa modalidade de pagamento. Em 2009, o índice era de 36%.

Além da praticidade, outro fator para o uso do cartão é a segurança, mencionada por 30% dos usuários, contra 23% em 2009.

Por outro lado, 14% dos entrevistados que preferem usar o dinheiro citam a praticidade como elemento fundamental. A segurança é citada por 2% dos entrevistados.
Fonte:uol.29/11/2011



Minoritários da BrT questionam simplificação acionária do grupo Oi

Parte dos acionistas minoritários da Brasil Telecom (BRTO), hoje parte do grupo Oi, promete atrapalhar o projeto de simplificação da estrutura acionária do grupo. Eles discordam da relação de troca de ativos que ocorrerá no processo que extinguirá cinco das sete classes de ações do grupo, existentes à venda na Bolsa de Valores.

Fontes ligadas aos fundos de investimento que representam o interesse destes minoritários informam que a inteção é brigar por uma reavaliação dos ativos da companhia, na relação de troca, que marca o processo de simplificação acionária. Este noticiário apurou que além da Polo Capital estão contra a proposta os fundos Mellon/ARX, GMO (Boston), Quest, JGP, BRANDS, Opus, BBM e Pollux. O Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG) também teria se manifestado contrário aos termos de reestruturação acionária da Oi. Estão em poder destes fundos de investimento aproximadamente 20% do capital total das empresas, ou seja, ações da Telemar, Brasil Telecom e Tele Norte Leste. Os controladores detêm, em média, 54% e os 26% restantes estão diluídos no mercado.
Críticas

Esses minoritários contestam o fato de o comitê independente, criado para definir como seriam os processos de relação de troca dos papéis da empresa, ter demandado 32 dias para apresentar os termos da proposta. Como parâmetro, os sócios argumentam que em situações semelhantes, como na integração Telesp/Vivo, por exemplo, o tempo gasto para se fazer uma avaliação dos termos da troca de ações foi quase cinco vezes maior, de 148 dias.

Outro argumento usado por estes fundos é a maneira como se mediu o valor das ações na relação de troca: o relatório do comitê formado para avaliar os ativos da Oi usa as cotações de mercado, ponderadas pelo volume de ações: Tele Norte Leste (TNL), Telemar (TMAR) e Brasil Telecom (BRT), conforme as médias observadas nos 30 dias anteriores ao Fato Relevante, divulgado em 24 de maio deste ano. Na mencionada fusão entre Vivo e Telesp, usou-se o método do Fluxo de Caixa Descontado, o que segundo as fontes daria maior rentabilidade aos ativos em poder desses acionistas.

Por isso, alguns acionistas consideram o critério adotado pelo comitê independente “inapropriado pelo fato de as cotações da BRT terem sofrido significativo desconto no período”. De acordo com eles, “na época, os papéis giravam a preço que embutia metade do múltiplo de TMAR. Razão: as especulações referentes à reorganização da companhia”.

Há também queixas sobre o processo de definição da relação de troca: “Antes mesmo de convocar e ter início o trabalho do comitê independente dedicado a apontar a relação de troca, o controlador do Grupo Oi comunicou ao mercado o que entendeu ser este o melhor critério e a taxa de conversão”. Eles alegam que neste período a cotação das ações de BRT recuou principalmente pelo efeito das manifestações públicas dos executivos da Oi à época.

No caso da avaliação das ações da BRT há o questionamento sobre as previsões ‘dispares’ feitas sobre a capacidade de geração de caixa da empresa. Documentos enviados a este noticiário por uma das fontes dão conta que análise financeira do Itaú BBA, para dar suporte ao comitê financeiro do grupo Oi, “embute previsão de que o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da BRT seja de R$ 2,73 bilhões em 2012”. Outro laudo usado pela Oi em 2010, também para a aprovação em assembleia da compra do controle da BRT, aponta EBITDA da BRT em 2012 da ordem de R$ 4,55 bilhões. Esse segundo relatório foi elaborado pela consultoria Apsis. “A previsão de EBITDA de R$ 2,73 bilhões para a Brasil Telecom em 2012 aponta margem EBITDA de 28,3% - 7,2 pontos percentuais aquém da margem média verificada nos últimos três anos, de 35,5%”.

Com base nisso, os minoritários afirmam que “em todas as métricas usadas na elaboração de projeções nota-se que sempre à BRT foram projetadas taxas de crescimento e de lucratividade muito menores do que para a TMAR”. Para eles a diferença não se justifica pelo histórico de desempenho da companhia, tão pouco por conta dos potenciais das diferentes regiões. “A diferença sugere que as projeções foram feitas como conta “de chegada” para dar o resultado que o controlador queria e reduzir o valor de BRT frente ao de TMAR”, diz a fonte.

Os minoritários da BRT alegam que atualmente a empresa é responsável por 34% do EBITDA gerado pelo grupo Oi como um todo e responde por mais de dois terços do lucro líquido da companhia. Além disso, “contrariando seu estatuto social, a BRT concede financiamentos, em mútuo, à TMAR, ao invés de distribuir dividendo aos seus acionistas, já que tem posição líquida de caixa e não opera com elevada alavancagem (caso de TMAR, TNLP e de TmarPart). A BRT já concedeu empréstimo para a TMAR de R$ 2 bilhões”, diz a fonte.

Por fim, estes minoritários reclamam do fato de o modelo de avaliação ter considerado dados, encaminhados pelos bancos Itaú e Bradeco, que supostamente ignoram as diferenças regionais existentes no mercado de telefonia brasileiro “e distorcem a avaliação econômica da BRT”. Os acionistas minoritários afirmam que “estes dados informados pela Oi sugerem, por exemplo, que as receitas médias (ARPU) geradas por assinante em 2020 nas regiões Nordeste e Norte serão idênticas àquelas verificadas na área Centro-Sul (foco de operação da antiga Brasil Telecom). O dado contraria a lógica, já que a renda per capita da região Centro-Sul supera em muito a das demais áreas”.
Fonte:teletime28/11/2911



Adyen chega ao Brasil trazendo a inovação esperada ao mercado de pagamentos

Empresa de meios de pagamento on-line de origem holandesa já fechou contratos no País com clientes como ClickOn e Shoes4you

Solução da Adyen, que já é utilizada na América Latina por empresas como Getty Images e Lan Chile, fornece relatórios financeiros detalhados e analisa também risco de fraude

A Adyen empresa global de TI que implementa soluções de pagamento online, acaba de iniciar suas operações no Brasil. Com expertise em desenvolver soluções que aumentam as taxas de conversão nas vendas on-line, diminuem fraudes e asseguram uma melhor gestão financeira, a empresa foi fundada na Holanda, em 2006, e chega agora ao mercado brasileiro de olho no grande crescimento do comércio eletrônico no País. Entre os primeiros contratos já assinados pela Adyen no Brasil estão empresas como o ClickOn e a Shoes4you.

“Há muitas oportunidades de negócio surgindo no Brasil por conta da expansão do e-commerce e, por isso, a Adyen decidiu trazer sua experiência internacional para ajudar as empresas na América Latina a aumentarem a eficiência do seu comércio eletrônico através de uma solução avançada e focada fortemente no aumento da taxa de conversão e na redução de custos operacionais”, pontua Jean Christian Mies, Diretor Geral da Adyen no Brasil.

“Somos uma empresa de tecnologia que desenvolveu uma plataforma de pagamentos extremamente robusta e capaz de processar altos volumes de transação sem perder eficiência. Como todo desenvolvimento é feito in-house, temos uma facilidade muito grande de adaptar nossa plataforma às necessidades do mercado, reduzindo ao máximo o tempo e o custo de integração de novos meios de pagamento e de novos clientes”, acrescenta.

Com uma carteira de mais de 1.500 clientes e atuação em toda cadeia de valor de pagamentos on-line, a Adyen traz ao Brasil uma perspectiva inovadora para este segmento com novas funcionalidades que têm como principal foco o aumento das taxas de conversão com uma plataforma de pagamento que é facilmente integrada com o site de seus clientes.

“Somos parceiros preferenciais de várias empresas que investem em start-ups por termos a capacidade de monetizar negócios rapidamente. Nosso princípio é de que a indústria de meios de pagamento é muito dinâmica e necessita de soluções inovadoras e que sejam simples tanto para os lojistas quanto para os clientes”, assinala Jean Mies.

Parcerias locais - O forte crescimento do e-commerce na América Latina resultou em um foco acentuado nos negócios internacionais. Hoje muitas empresas no Brasil buscam seus clientes em vários outros países, uma tendência que a Adyen reconheceu rapidamente. Por conta disso, a empresa estabeleceu parcerias com provedores internacionais e locais na região, incluindo o Brasil, através da integração com diversas instituições financeiras. Atualmente, a empresa tem em seu portfolio mais de 85 métodos de pagamento na Europa, Ásia e nas Américas, além dos principais cartões de crédito internacionais, incluindo Mastercard, VISA, AMEX e Diners.

“No Brasil estamos conectados com a Cielo e a Redecard e, portanto, temos uma excelente cobertura do mercado brasileiro. Mas também em outras partes do mundo estamos conectados com os principais adquirentes e não somente conseguimos processar pagamentos globalmente, mas também rotear transações a vários adquirentes. Com isso, aumentamos a taxa de aprovação nas compras com cartão de crédito e reduzimos os custos da operação”, completa.

Outro diferencial da empresa é que ela oferece uma solução integrada para vários canais de venda, como call center, assim como soluções recentemente lançadas para mobile commerce para iPhone e Android. Isso permite ao cliente a utilização de uma ferramenta única para todos os seus canais de venda.

“Esta mecânica agrega muito valor aos processos, proporcionando agilidade e praticidade, já que atuamos em toda a cadeia, oferecendo relatórios de desempenho de vendas e também, através do nosso backoffice, a análise completa dos meios de pagamento utilizados”, acrescenta.

“Nosso site precisa funcionar bem e de maneira simples, já que nossos clientes usualmente têm deadlines muito apertados e precisam acessar imagens rapidamente. Trabalhamos com a Adyen desde a implementação do nosso e-commerce e nossos clientes em todo mundo podem fazer o download de imagens de maneira prática e segura a qualquer hora”, disse Juan Casadoumecq, CFO da Getty Images Latin America, que passará também a contar com o suporte da Adyen no Brasil.

Gerenciamento de Risco de Fraude - A solução da Adyen, além de realizar relatórios financeiros contemplando dados diversos sobre o comprador, compra e status, analisa também os riscos de fraude. “Desenvolvemos um ferramenta muito eficaz para a gestão de risco contra fraude. Essa ferramenta, que está inclusa no nosso backoffice e não gera nenhum custo adicional para nossos clientes, utiliza a tecnologia mais moderna, como a 'digital da máquina', cookies persistentes e toda a inteligência colhida através do processamento de milhões de pagamentos no Brasil e no mundo”, explica Jean Mies.

Sobre a Adyen
A Adyen é uma fornecedora global líder em soluções de pagamento para comércio eletrônico de médios e grandes varejistas on-line. A solução inovadora de pagamento da Adyen, construída durante vários anos de experiência na indústria, possibilita aos varejistas aumentar significativamente suas taxas de conversão ao otimizar os processos de pagamento on-line. Esta solução “one-stop” pode ser facilmente integrada com o e-commerce de seus clientes, podendo ser implementada em curto tempo para conectar empresas a clientes de todo mundo através de uma grande variedade de métodos de pagamento. A empresa tem mais de 1.500 clientes no mundo, incluindo empresas como Groupon, Badoo, booking.com, KLM, LAN Chile, PopCap Games, Spilgames e Vodafone com o mais alto nível de segurança. Através de sua incomparável ferramenta de análise, estes clientes ganham uma valiosa gestão e acesso a informações que otimizam seus processos de pagamento.
Fonte:maxpressnet29/11/2011



Publicis compra agência digital Gomye e acelera expansão na China

O grupo francês Publicis, terceiro maior conglomerado de comunicação do mundo, anunciou hoje a compra de 100% da agência chinesa Gomye, especializada em serviços digitais.

A agência, que passa a ser o braço digitial da empresa francesa em Pequim, terá o nome trocado para Publicis Modem. Os 51 funcionários serão mantidos, segundo a empresa afirmou em nota, e o presidente, Alan Yang, passa a reportar ao CEO do grupo na China.

A compra da Gomye é a quinta aquisição chinesa do grupo no ano, depois de Interactive Communications, Dreams, Genedigi e Wangfan. “Isso está em linha com o objetivo do grupo Publicis de dobrar seu tamanho no crescente mercado chinês entre 2010 e 2012 - parte de uma estratégia global de impulsionar fortemente a receita derivada de economias emergentes e do setor digital em todo o mundo”, disse a empresa em nota.

A aquisição da Gomye ainda precisa ser aprovada por órgãos de defesa da concorrência.

No Brasil, entre as companhias controladas pelo Publicis estão DPZ, Leo Burnett, Rosetta e Saatchi & Saatchi.Luciana Seabra
Fonte:Valor29/11/2011



Alemã Dekra faz aquisição no Brasil

A Dekra Brasil, subsidiária da multinacional de origem alemã Dekra, que atua na prestação de serviços técnicos automotivos, fechou recentemente a compra da reguladora de sinistros Jopema, em um lance que deverá elevar o faturamento da companhia no país à casa de R$ 100 milhões já no próximo ano. A nova aquisição alçou ainda a operação brasileira à posição de terceira maior da Dekra em volume de serviços prestados, atrás apenas de Alemanha e França.

O valor da aquisição não foi informado. A Dekra, que presta serviços de vistoria e regulação de sinistros para seguradoras, pessoas físicas e empresas em mais de 50 países, faturou € 1,86 bilhão no ano passado. No Brasil, além de assistir à expansão das receitas a partir dessa aquisição, a Dekra passa a oferecer a regulação de sinistros nos segmentos residencial e empresarial.

De acordo com o presidente da Dekra Brasil, Marco de Lucca, a compra da Jopema complementa o portfólio de serviços oferecidos pela empresa no país e abre novas portas. "Agora, podemos oferecer a regulação de sinistros também na área imobiliária e industrial", afirma. A regulação de sinistros consiste na avaliação, por parte de um perito, dos danos causados a um bem e dos serviços de reparação que deverão ser prestados.

Por ano, a Dekra Brasil inspeciona cerca de dois milhões de veículos. Esse volume deve crescer nos próximos anos, especialmente se a obrigatoriedade da inspeção veicular for estendida para outros municípios brasileira. Conforme Lucca, a Dekra tem "todo o interesse" em participar de futuras licitações nessa área. "Esse é um dos principais negócios mundiais da Dekra", afirma.

Para este ano, conta o executivo, a expectativa é a de que o faturamento da operação brasileira se situe entre R$ 75 milhões e R$ 80 milhões. Com 104 unidades franqueadas, a empresa atende 4,5 mil municípios brasileiros. Já a Jopema tem os negócios mais concentrados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, porém sua cobertura geográfica deverá ser ampliada no futuro próximo.

Com a aquisição, conta Lucca, a Dekra agrega 240 funcionários ao seu quadro. Esse número, contudo, deve dobrar nos próximos anos, diante dos planos de expansão geográfica da Jopema. "2012 será um ano de integração das equipes", diz o executivo.

O fortalecimento dos negócios da Dekra no Brasil também faz parte da estratégia de avançar sobre o mercado sul-americano. Hoje, a companhia está presente apenas no país, que servirá como "ponte para outros mercados da região". "Podemos entrar em outros países também por meio de aquisições, mas essa é uma estratégia de médio prazo", afirma.

A Dekra chegou ao Brasil em 2008, quando assinou um acordo para a aquisição do controle da Volchi Participações, que é formada pelas empresas Linces, DNA Security e Checkauto. O negócio foi efetivado no início de 2009. Por Stella Fontes
Fonte:Valor29/11/2011



Bradesco está mais próximo de adquirir Losango

Financeira do grupo HSBC pode ser grande cartada da instituição, que perdeu parcerias no varejo para o Itaú.

A troca do comando na Losango, hoje nas mãos do HSBC, já é dada como certa entre os varejistas que possuem acordo com a promotora de vendas, que é a líder no segmento de crédito direto ao consumidor, com fatia de 24% do mercado.

Um executivo de alto escalão do grupo Máquina de Vendas, maior parceiro da financeira, afirmou aoBrasil Econômico que já espera um novo operador para o negócio.
Procurado, o HSBC diz apenas que não comenta rumores. Os boatos aumentaram desde a venda da operação de alta renda da instituição no Chile para o Itaú, no início de outubro, e da necessidade do banco de reduzir o quadro de funcionários e vender ativos que não são considerados estratégicos, em busca de melhoria de composição de capital e dívida.

A Losango, nesse quadro de mudanças, não atenderia mais aos objetivos do controlador. Nos últimos dois anos, o banco passou a priorizar cada vez mais o segmento de alta renda e pessoa jurídica no Brasil.

Mas se não interessa ao HSBC, a Losango é vista como uma das últimas oportunidades de grande escala no segmento de financiamento ao consumo e por isso interessados não devem faltar. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou na semana passada, em Nova York, que estava "observando" a oferta da Losango. Procurado ontem, o banco não quis se estender sobre o assunto.

O Bradesco é encarado por especialista como o maior interessado na compra da financeira. E é o principal candidato. "O banco tem um apetite por crescimento e por retomar a liderança no mercado brasileiro", afirma o consultor Boanerges Ramos Freire, presidente da Boanerges & Cia.

Ele destaca justamente o acordo da Losango com a Máquina de Vendas - formada por Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar e Eletro Shopping -, uma das maiores em faturamento e que representa grande potencial para novos financiamentos.

No campo de parceria com grandes varejistas, o Itaú possui larga vantagem, o que torna uma nova disputa menos interessante para o banco da família Setubal e Moreira Salles. Em abril, a instituição derrotou o Bradesco na disputa pelos 49% da Carrefour Soluções Financeiras. Também possui 50% das financeiras ligadas ao Grupo Pão de Açúcar e à Magazine Luiza.

Das grandes redes varejista, o Bradesco administra, desde 2005, a emissão de cartões da Casas Bahia. Mas essa parceria está em xeque desde meados de 2010, quando o Grupo Pão de Açúcar concluiu os termos da compra da rede varejista dos Klein - abrindo discussão sobre a manutenção da parceria ou extensão da sociedade já mantida pela supermercadista com o Itaú.

Procurada, a Globex, que abriga a Casas Bahia e Ponto Frio, informou que foi formado um comitê que estuda qual a melhor política na área de crédito a ser adotada pela holding, mas não há um prazo para a conclusão desse estudo.

Além da possibilidade de perder a Casas Bahia e de ter sido preterido na disputa da Carrefour Soluções Financeiras, o Bradesco perdeu também o Banco Postal para o Banco do Brasil, que lhe dava acesso fácil à baixa renda.

Com o histórico recente, Boanerges acredita que deve ser grande o apetite do Bradesco pela Losango porque, além do porte da Máquina de Vendas - com faturamento esperado de R$ 7 bilhões para este ano -, existe a parceria com outros 23 mil parceiros de todos os portes. "É uma força de vendas grande e atende o público de baixa renda", explica.
É a presença em diferentes canais de venda, incluindo 70 lojas de rua, que deixa a Losango atrativa. No entanto, o analista da Austin Rating, Luis Miguel Santacreu, lembra que, em geral, financeiras possuem grande inadimplência - mas a capilaridade não pode ser menosprezada. "Essa é uma das últimas oportunidades com massa crítica para crédito à pessoa física", diz.

A maior parte das financeiras que sobrevivem no mercado brasileiro tem atuação regional. Ainda como fator de atratividade, a Losango vem reduzindo inadimplência, hoje em 4,45%, ante 5,33% em junho. Por Ana Paula Ribeiro
Fonte:brasileconomico29/11/2011



O Brasil ganha 19 milionários por dia, diz 'Forbes'

O país conta hoje com mais de 137 mil milionários e cerca de 30 bilionários, segundo a “Forbes”. Rio de Janeiro e São Paulo concentram 70% dos mais ricos do país

Rio de Janeiro: juntamente com São Paulo, a cidade concentra 70% do número de milionários e bilionários do país
A economia brasileira anda tão bem que tem elevado 19 brasileiros à categoria de milionários a cada dia. A tendência, longe de se esgotar, deve continuar por mais três anos com o crescimento econômico não apenas do país, mas também da América Latina, segundo a revista americana “Forbes”.

O Brasil conta com mais de 137 mil milionários e cerca de 30 bilionários, pelas contas da “Forbes”. A Para chegar à conta dos 19 milionários por dia, a revista considerou toda a riqueza individual, incluindo investimentos, propriedade, poupança e outros patrimônios, além de dinheiro – nesse caso, em moeda local, ou seja, estamos falando em milionários em real, o equivalente a US$ 540 mil. "Indivíduos com patrimônio entre US$ 539 mil e US$ 2,7 milhões (R$ 1 milhão e R$ 5 milhões) formam o grupo de novos milionários", diz a "Forbes".

O fenômeno não é recente. Desde 2007, graças ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e das taxas de consumo, o volume de brasileiros que conseguem ultrapassar os R$ 1 milhão em fortuna cresce a cada ano – mesmo considerando que desse intervalo até agora, o país sofreu os efeitos da crise financeira.

Segundo banqueiros ouvidos pela “Forbes”, o boom do setor imobiliário também gera uma enorme riqueza, à medida que o valor das propriedades dobrou nos últimos anos em um movimento que deve se manter com a Copa do Mundo em 2014 e pelo menos até a Olimpíada de 2016. O aumento pode ser sentido com mais força no Rio de Janeiro, cidade que tem recebido grandes investimentos de indústrias e que deve crescer muito com a exploração do pré-sal.

No mapa dos mais ricos, o Estado do Rio de Janeiro divide o lugar de honra com São Paulo com 70% dos milionários e bilionários concentrados. Segundo Emerson Pieri, diretor de Wealth Management in Latin America do banco de investimentos Haliwell, o Brasil representa uma oportunidade enorme para bancos privados para atender às demandas dessa comunidade crescente, assim como da classe emergente de indivíduos com muito dinheiro para investir. Por Soraia Yoshida
Fonte:epocanegocios29/11/2011



País tem mais de dez polos da indústria ferroviária

Três Rios (RJ), Contagem (MG), Sete Lagoas (MG) estão entre as cidades onde a indústria ferroviária ganha corpo

A retomada dos investimentos da indústria ferroviária no Brasil está fazendo pipocar pelo país uma série de pequenos polos de produção de trens, implementos ferroviários e peças. A maior parte deles se encontra nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Mas há iniciativas em cidades improváveis como Barbalha (CE) e Salgueiro (PE).

A fluminense Três Rios, por exemplo, é sede da TTrans, da EIF e da Pifer. A primeira faz desde sistemas para a venda eletrônica de bilhetes em estações até a reforma e construção trens urbanos e VLTs – como são chamados os bondes modernos. A EIF fabrica e faz a manutenção em locomotivas e a Pifer é especializada em projetar e fabricar interiores.

Trata-se de uma das cidades mais agressivas na atração de investimentos do setor. Lá, a alíquota de ICMS cobrada das empresas é zero. E a prefeitura oferece uma série de outros incentivos para atrair indústrias de todos os tipos, como isenção de IPTU por 25 anos.

Além de Três Rios, o Rio de Janeiro tem na periferia da capital a MPE, que recentemente fechou parceria com a malaia Scomi para produzir trens monotrilho. É uma sociedade que nasce com contratos assinados com São Paulo (SP) e Manaus (AM).
Minas Gerais concentra as duas maiores fabricantes de locomotivas diesel elétricas do país. A GE, em Contagem, foi ampliada neste ano e já tem a casa cheia de pedidos até 2014. Sua principal concorrente no Brasil, a MGE-Progress Rail, divisão da americana Caterpillar para o setor ferroviário, anunciou recentemente que vais se instalar em Sete Lagoas.

Há ainda a Usiminas Mecânica, que fabrica vagões de carga e truques (o equivalente ao chassi dos carros) em Ipatinga, distante 200 quilômetros da capital, Belo Horizonte, em direção ao Nordeste do estado.

O interior de São Paulo também é prodígio em exemplos. Araraquara tem a IESA, que constrói estações de trem, contornos ferroviários e moderniza e reforma trens elétricos. Cabreúva, no centro do triângulo formado por Sorocaba, Campinas e Osasco, abriga a Siemens. Hortolândia tem Bombardier, CAF, MGE, Hewitt e AmstedMaxion, que é dona ainda de uma fundição e fábrica de componentes em Cruzeiro. A Alstom está instalada no bairro da Lapa, na capital.

No Rio Grande do Sul, Caxias do Sul é a sede da Randon, que fabrica vagões de carga, e da Euroar, de sistemas de ar-condicionado para trens e outros veículos coletivos, como ônibus e vans.

Por fim, no Nordeste, se destacam Barbalha (CE) e Salgueiro (PE). Barbalha é sede da fabricante de VLTs brasileira Bom Sinal, responsável pela construção do metrô do Cariri, e que vem sendo assediada pela alemã Vossloh. Entroncamento da estrada de ferro Transnordestina, Salgueiro foi escolhida pela Odebrecht para a construção da maior fábrica de dormentes do mundo e de um estaleiro para soldagem de trilhos.
Mantendo-se o ritmo atual de expansão do setor, é possível que mais esteja por vir. Por Dubes Sônego,
Fonte:iG29/11/2011



THL quer adquirir operações do Yahoo nos EUA, dizem fontes

Gestora da Nielsen quer realizar uma aquisição do site norte-americano por um valor entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões

A Thomas H. Lee Partners (THL) está interessada em adquirir as operações norte-americanas do Yahoo, o que a diferencia dos demais potenciais compradores, por enquanto interessados em apenas uma participação minoritária ou em parcerias com os sócios asiáticos do gigante da Internet, informaram fontes que conhecem a situação.

A THL quer realizar uma aquisição alavancada das operações norte-americanas do Yahoo, por estimados US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões, aproveitando sua experiência na gestão de outros ativos de mídia como Nielsen, Clear Channel e Univision para reverter os problemas da companhia, disseram as fontes.

Ao adotar essa abordagem, a THL percorre caminho diferente de outros grupos de capital privado, como Silver Lake , KKR e TPG , que devem apresentar oferta por participação de até 20% na empresa na segunda-feira, segundo as fontes.

A Microsoft está ajudando a bancar o possível investimento do Silver Lake no Yahoo, cujo valor de mercado foi estimado em US$ 19 bilhões, de acordo com as fontes.
O conselho do Yahoo deve se reunir na terça-feira para avaliar as possibilidades de um investimento minoritário, ainda segundo as fontes.

Outro grupo de companhias, entre as quais Blackstone, Bain Capital e Hellman & Friedman, está conversando sobre possível aliança com o Alibaba, da China, e o Softbank, do Japão.

Qualquer transação envolvendo o Yahoo levará algum tempo para ser executada. Mas o interesse da THL representa nova reviravolta nas manobras de bastidores de investidores que buscam a melhor posição para, no futuro, tomar o controle do Yahoo, apostando que serão capazes de corrigir os problemas da empresa por meio de uma melhor gestão.

O portal pioneiro da Internet vem sofrendo estagnação nos últimos anos devido à concorrência de rivais como Google e Facebook, além de atualmente não ter presidente-executivo definitivo, enquanto tenta reencontrar sua relevância na nova era de ascensão da Internet. Reuters
Fonte:iG29/11/2011



Itaú quer atrair estrangeiros com 2 novos fundos em 2012

O Itaú Unibanco, segundo maior banco da América Latina, planeja atrair mais investidores estrangeiros para o seu segmento de gestão de ativos, que deve lançar dois novos fundos no começo do ano que vem. "Atualmente, os investidores estrangeiros representam 10% dos ativos que gerenciamos e nós queremos expandir essa participação para 20% do total", comentou Paulo Corchaki, diretor de Gestão de Recursos da Itaú Asset Management.

O banco tem cerca de US$ 200 bilhões em ativos sob gestão, o que o coloca na categoria de médio porte. Corchaki afirma que esse volume deve crescer quase 10% no ano que vem, em função dos altos juros oferecidos no Brasil. O grupo também espera uma expansão de 10% em novos negócios, e os investidores estrangeiros devem ter um grande papel nisso, diz o diretor. Segundo ele, os investidores estrangeiro atualmente respondem por aproximadamente US$ 20 bilhões do total de ativos, sendo que quase a totalidade é de clientes japoneses.

O Itaú planeja abrir dois novos fundos de investimento no ano que vem, visando exclusivamente investidores estrangeiros: um de dívidas soberanas brasileiras e outro para dívidas corporativas da América Latina. "Nós não temos uma meta para a quantia a ser levantada por cada fundo, mas não seria uma surpresa se nós levantássemos US$ 500 milhões em cada um", comentou Corchaki. No geral, a unidade de gestão de ativos quer lançar o menor número de fundos possível, garantindo que os fundos realmente lançados sejam "bons", explica o diretor.

Os investidores estrangeiros estão querendo comprar dívidas brasileiras em razão dos enormes juros praticados no País. A taxa básica do banco central, Selic, está atualmente em 11,5%, a maior entre as grandes economias do mundo. Em boa parte dos países desenvolvidos, as taxas de juro estão próximas de zero.

Este ano, a Itaú Asset Management trouxe dois fundos soberanos como clientes. Para Corchaki, isso representa um aumento na base de investidores. Até 2014, estimativas do mercado sugerem que os fundos soberanos pode ter quase US$ 13 trilhões em ativos sob gestão, afirma o executivo.

Corchaki diz ainda que os bancos brasileiros estão atraindo investidores estrangeiros porque eles são transparentes e não têm os tipos de problemas observados em outras instituições de crédito globais. Segundo ele, os bancos brasileiros podem manter ativos nos seus balanços patrimoniais e não precisam recorrer a complexos mecanismos como securitização, por exemplo.

Em um nível mais básico, a unida de gestão de ativos do Itaú opera sete exchange traded funds (ETF), que são listados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No nível mais complexo, existe uma unidade que opera como um fundo de hedge independente, que segundo Corchaki é o maior operador "long-short" - que procura obter ganhos com operações de arbitragem com ações - do mercado brasileiro. As informações são da Dow Jones. Por Álvaro Campos
Fonte:AgênciaEstado29/11/2011



Com maior interesse por pesquisas, Gartner expande presença no Brasil

A consultoria americana em tecnologia Gartner está mais acostumada a falar dos números de outras empresas, mas pouco de si mesma. Com a expansão do mercado brasileiro e o aumento do interesse estrangeiro em fazer negócios no país, a companhia deixa a discrição de lado para mostrar que está investindo na expansão de suas atividades no país. "O Brasil é hoje o mercado emergente mais importante para o Gartner", diz Marcio Krug, gerente-geral da consultoria no país.

De acordo com o executivo, o crescimento médio da operação local entre 2004 e 2011 ficou na faixa de 30%, bem acima da China, Índia e Rússia, e de mercados mais maduros no uso de tecnologias, como os Estados Unidos. A companhia atende 200 clientes no Brasil e não divulga números absolutos de receita e investimento por país. Em todo o mundo, o faturamento da consultoria chega a US$ 1,4 bilhão.

Para crescer, o Gartner tem apostado na ampliação do número de funcionários - cerca de 50 - e na expansão geográfica. Em 2011, foram abertos escritórios nas cidades de Curitiba e Belo Horizonte, que se juntaram às unidades de São Paulo, Brasília e Rio. A unidade do Rio também ganhou reforços, com a contratação de mais três pessoas.

Para 2012, está previsto o início das operações na região Nordeste. Nos primeiros seis meses do ano, Krug prevê a contratação de pelo menos mais dez pessoas, incluindo da área administrativa e analistas. "Estamos montando uma operação completa no Brasil, algo que não tínhamos desde o começo da operação direta no país, em 1998", diz. Entre os cargos que não existiam no escritório local, o executivo cita os da área jurídica. Todas as demandas legais eram atendidas por um escritório especializado.

A principal fonte de receita do Gartner é a venda de pesquisas sobre tecnologia e telecomunicações. Os estudos podem ser comprados individualmente, ou por meio de um pacote anual que inclui serviços de consultoria. Outra fonte de receita são as inscrições para os eventos que a companhia realiza durante o ano para discutir os rumos do mercado. Segundo Krug, os maiores clientes no Brasil estão no setor financeiro. Na sequência vem o governo - em todas as suas esferas - e o setor de manufatura. "O varejo cresce bastante", diz. Entre seus principais concorrentes, o Gartner tem empresas como IDC, Frost & Sullivan e a brasileira IT Data.

Tradicionalmente fraco no consumo e na produção de pesquisas de mercado, o Brasil tem atraído a atenção das empresas do setor. No ano passado, a J.D. Power, especializada em pesquisas nos setores automotivo, de telecomunicações e financeiro, chegou ao país.

A comScore, especializada em pesquisa sobre internet e mobilidade, ainda não tem uma presença local, mas começou a fazer muitas pesquisas em português nos últimos 12 meses. Em 2011, a Forrester Research decidiu voltar a ter uma presença física no Brasil três anos depois de fechar seu escritório. "Existe uma crescente demanda por informações sobre o Brasil, tanto por parte de clientes internacionais quanto de empresas locais. Isso gera interesse em entender as particularidades do mercado local", diz Thalia Ferretti, gerente-geral da Forrester no Brasil.

De acordo com Krug, entre os temas que têm sido mais procurados na área de tecnologia, estão a computação em nuvem, a mobilidade e alternativas para usar dados de modo a antecipar tendências, ou movimentações de mercado, o ''business intelligence'', ou ''business analytics''.

Nas projeções do Gartner, o mercado brasileiro de tecnologia vai movimentar US$ 143,8 bilhões em 2012. O cálculo bienal representa um crescimento de 10,1% na comparação com 2010. A expectativa é de que o crescimento do mercado seja no mínimo de 9,9% ao ano até 2014.

Para 2012, mesmo com a expectativa de uma desaceleração mais forte no ritmo da economia no Brasil, Krug diz acreditar que o crescimento nas vendas de pesquisas e consultoria pode manter-se em um patamar semelhante ao registrado nos últimos anos. "Se a economia vai bem, as empresas precisam de informação para ajudar no crescimento. Se as coisas vão mal, elas precisam de informações para saber como fazer mais com menos", diz. Por Gustavo Brigatto |
Fonte:Valor29/11/2011



ABML e Aslog unem-se e fundam a Associação Brasileira de Logística

A Associação Brasileira de Logística (Aslog) e a Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) anunciaram semana passada sua fusão – com a qual surgiu a Associação Brasileira de Logística, batizada com a sigla Abralog.

O anúncio foi feito no encerramento da 12ª edição do Congresso de Logística ABML, em São Paulo. A partir de agora o até então presidente da ABML, Pedro Moreira, assume a presidência executiva da nova associação em conjunto com nove vice-presidentes que se dedicarão a áreas distintas, tais como desenvolvimento regional, educação, relações institucionais, equipamentos e sistemas logísticos e de informação. A nova entidade contará com conselhos deliberativos, de ética, fiscal e consultivo, formados por acadêmicos e profissionais de destaque do segmento.

“A ABML nasceu com a missão de reunir as empresas de logística e a Aslog, por sua vez, carrega uma vocação mais voltada aos profissionais do setor”, observou ele. “São as duas entidades de logística mais fortes do Brasil. Ao longo do tempo, observamos que não é possível fazer essa separação. A logística é sistêmica, portanto acreditamos que não há mais espaço para divisões. Precisamos unir esforços em prol da logística nacional.”

Segundo o executivo, o principal objetivo da nova entidade é tornar-se uma associação de abrangência nacional, com sucursais e bases em todas as regiões do Brasil. A Abralog, segundo Moreira, já está levando adiante conversas com estados do sul e do nordeste visando a estabelecer parcerias e levar seu nome a todo o País. “Acreditamos que o capital de conhecimento que a ABML e a Aslog possuem e também o ótimo relacionamento que as duas entidades acumularam ao longo dos anos são mais do que suficientes para construirmos uma Abralog forte e com posicionamentos firmes nas bandeiras da logística brasileira”, finalizou o executivo.
Fonte: DCI28/11/2011



Cultura corporativa é mais importante para inovar do que gastos em P&D

Estudo global com as mil companhias que mais gastam em P&D mostra que o volume de recursos investido em pesquisa não faz uma companhia mais inovadora do que as demais

Não adianta. O volume de recursos investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D) não fará a sua empresa mais inovadora do que as demais, ainda que seus gastos sejam maiores do que os da concorrência.

O alerta é da consultoria Booz & Company, que acaba de publicar a sétima edição do estudo Global Innovation 1000. A melhor maneira para garantir a superioridade em inovação seria criar e cultivar uma cultura corporativa que inspire a inovação, aponta o levantamento, que analisa os dados das mil companhias de capital aberto que mais gastaram em P&D em 2010.

A pesquisa mostra, assim como suas edições anteriores, que não existe uma relação estatística significativa entre o desempenho financeiro e os gastos com inovação. Muitas companhias, em especial a Apple, consistentemente gastam menos do que seus concorrentes em P&D, ao mesmo tempo em que conseguem obter um resultado financeiro superior. Por outro lado, indústrias inteiras, como a farmacêutica, continuam a alocar enormes quantias para inovação e acabam não sendo capazes de entregar o que era esperado delas.

Liderando o ranking das mais inovadoras do mundo deste ano está justamente a Apple, seguida pelo Google, 3M, GE e Microsoft. Para chegar ao resultado, a Booz&Company perguntou a seus entrevistados qual era, na opinião deles, a campeã em inovação. Desses, 70% colocaram a empresa criada por Steve Jobs como uma das três mais inovadoras do globo, e mais da metade a colocou com a número um. Na sequência, aparecem IBM, Samsung, P&G, Toyota e Facebook, um estreante na lista.

Cultura corporativa
Mas no meio de tantos dólares gastos em P&D, o que torna essas companhias especiais?
Estratégia mirando a inovação, conhecimento profundo do consumidor, talento e as características certas para uma boa execução da estratégia empresarial são os elementos que fazem uma empresa verdadeiramente inovadora.

O levantamento da consultoria mostra, no entanto, que mais importante do que esses elementos isolados está a cultura corporativa que os une. Ou seja, os padrões de comportamento, pensamentos, sentimentos e a filosofia da empresa. Uma união feita com maestria para as companhias mais inovadoras.

Mesmo sendo vital tal união, de acordo com os resultados da pesquisa, 47% das mil empresas participantes afirmam que sua cultura corporativa não apóia decididamente sua estratégia de inovação. Além disso, 36% dizem que a estratégia de inovação não está realmente alinhada com a estratégia global. Pior ainda, quase 20% das companhias afirmaram não ter uma estratégia para inovação bem definida.

O desencontro entre estratégia e cultura corporativa, no entanto, pode ser tanto um problema quanto uma oportunidade, segundo a Booz & Company, já que os dados do levantamento mostram que companhias com culturas que pouco apóiam a inovação e com pouco alinhamento têm um desempenho significativamente inferior a seus concorrentes.

Companhias com cultura e estratégia altamente alinhadas comprovaram um crescimento em seus lucros 17% maior do que as empresas com baixo grau de alinhamento. Dessa forma, caso mais companhias possam alinhar a cultura corporativa à estratégia, não apenas seus resultados financeiros podem melhorar, como também o crescimento da própria economia mundial pode ser acelerado.

A consultoria coloca a 3M como um exemplo neste sentido, onde os objetivos estratégicos estão claros e a cultura corporativa os apóia fortemente. Fred Palensky, vice-presidente executivo de pesquisa e desenvolvimento da empresa, define assim a estratégia de inovação da 3M: “conectar-se ao consumidor, descobrir suas necessidades expressadas ou não, e então resolver o problema de uma maneira única e sustentável”. Neste contexto, a cultura corporativa teria um papel central. “Por mais de cem anos, a 3M tem mantido uma cultura de interdependência e colaboração. Nossos negócios estão todos interconectados. A questão central é a cultura”, diz Palensky.

Em busca das necessidades
Preste atenção nas palavras do executivo. Elas revelam um aspecto central na busca pelo novo. De todas as estratégias para a inovação observadas pelo estudo da Booz&Company, uma, exatamente a descrita pela 3M, leva uma ligeira vantagem em relação às demais. Batizada de need seekers (numa tradução livre procurando necessidades), esta estratégia se baseia em trabalhar com o consumidor para desenvolver produtos e levá-los ao mercado antes. Entre seus objetivos, está garantir que esses produtos apresentem uma clara vantagem no mercado. Para tanto, as companhias que adotam esta estratégia precisam reunir uma combinação vencedora de características como o uso primoroso da tecnologia e a capacidade de gerar insights a partir do contato regular com os usuários de seus produtos.

A vantagem do modelo de need seekers fica evidente, segundo a Booz & Company, quando se compara as empresas que mais gastam em P&D com as mais inovadoras. Apenas duas das dez mais gastadoras são need seekers, enquanto que seis das dez mais inovadoras o são: Apple, Facebook, 3M, GE, IBM e Procter & Gamble.

Retomada
O encontro da cultura corporativa com a estratégia empresarial torna-se particularmente importante neste momento, em que os gastos com inovação voltaram a crescer, após caírem 3,5% em 2009, argumenta a Booz & Company. A primeira queda em mais de uma década foi substituída por uma alta de 9,3% em 2010, quando foram gastos US$ 550 bilhões, graças à retomada da economia.

Das empresas participantes da pesquisa, 68% afirmaram ter aumentado os gastos em 2010, em comparação aos 41% de 2009. Os gastos no ano passado foram 5,6% mais altos do que no período anterior à recessão, em 2008, quando foram destinados US$ 521 bilhões à inovação.

A cultura corporativa tem sido há tempos uma grande preocupação para os executivos e teóricos da gestão. A razão é óbvia: ela é extremamente importante. De acordo com a Booz & Company, estudos mostraram inúmeras vezes que esta questão é provavelmente a mais importante para determinar o sucesso ou fracasso de uma empresa. Isso não significa dizer que a estratégia de uma companhia não importa, mas apenas que a estratégia só funcionará efetivamente se tiver o suporte de determinada cultura. Fica a lição.

Para preparar a sétima edição do estudo Global Innovationn 1000, a Booz & Company identificou as mil empresas abertas que mais gastaram com P&D em 2010. Com o objetivo de entender como a estratégia de inovação destas companhias funcionava, a consultoria entrevistou cerca de 600 líderes em 400 companhias ao redor do mundo. Por Elisa Campos
Fonte:epocanegocios28/11/2011



28 novembro 2011

Mercado brasileiro de serviços de TI movimentará R$ 20,88 bilhões em 2011

O mercado brasileiro de serviços de TI movimentará R$ 20,88 bilhões em 2011 - ou US$ 11,8 bilhões -registrando um crescimento de 11,5% em relação a 2010, revela estudo da Frost &Sullivan.

O levantamento mostra ainda que o Brasil é um dos mercados mais aquecidos do mundo na área de Tecnologia da Informação. As áreas que despontam com melhores oportunidades no curto prazo são hosting de aplicativos, consultoria, datacenter e gerenciamento de segurança.

Os dados sobre o mercado brasileiro de serviços de TI foram divulgados nesta segunda-feira, 28/11, em evento realizado pela HP, para divulgação da sua estratégia na área de Enterprise Services. O dado relevante do estudo é que, apesar dos sinais de desaquecimento da economia global, a previsão de crescimento para 2012 é de 9,9%, alcançando o montante de US$ 12,98 bilhões.

"Investir em serviços de TI é essencial para as empresas. A consumerização determina esse movimento. E a terceirização desponta como uma opção, inclusive, à falta de profissionais qualificados na área", afirmou Fernando Belfort, analista da Frost&Sullivan. O Brasil, aponta ainda o levantamento, representa 52% da América Latina.

Segundo ainda a consultoria, os CIOs, se planejam atender as metas de 2012, terão que aumentar a contratação de serviços de análise, consultoria e integração. E se 2011 foi o ano para estudar computação na nuvem, o ano que vem, será usado para implementar o conceito.

"Não tem saída, o CIO terá que estudar soluções terceirizadas e cloud para atender a pressão dos negócios. o CFO(diretor financeiro) também quer cloud para otimizar recursos", diz Belfort. Nesse modelo, observa ainda o analista, o momento é o de firmar parcerias estratégicas com prestadores de serviços de longo prazo. Por Ana Paula Lobo
Fonte:ConvergênciaDigital28/11/2011

28 novembro 2011



Com São Luiz, Rede D´Or já estuda novas aquisições

Pouco mais de um ano depois da sua entrada no mercado paulista, a empresa carioca já investe na expansão da marca em São Paulo. A quarta unidade do Hospital São Luiz custará R$ 90 milhões e deverá ser entregue em 2012 "Nosso objetivo é ser o melhor em cada região, e para isso adquirimos o melhor hospital possível", diz Rodrigo Gavina da Rede D´Or

Protagonista de uma série de aquisições nos últimos anos, a Rede D´Or, maior grupo hospitalar independente do Brasil, completou um ano de participação no mercado paulista e, mesmo em fase de consolidação, os resultados já são positivos para a empresa.

Após a aquisição dos hospitais Brasil e Assunção no início de 2010, em setembro do mesmo ano, a rede adquiriu o Hospital São Luiz por aproximadamente R$ 1 bilhão e marcou sua entrada definitiva no mercado paulista.

Ao todo, a operação da Rede D´Or em São Paulo já conta com cinco hospitais em funcionamento e um sexto em construção no município de São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, que será a quarta unidade do São Luiz no Estado. De acordo com o diretor executivo da Rede D´Or, Rodrigo Gavina, no Rio de Janeiro, a rede já tem uma posição consolidada e busca o mesmo objetivo no mercado paulista. “É óbvio que São Paulo é o maior e mais competitivo mercado do País, e por isso temos que usar toda nossa inteligência de mercado e boas práticas para podermos nos posicionar nele”.

Em seu primeiro ano, a Rede D´Or procurou fazer a lição de casa e entender a dinâmica do mercado de saúde paulista, bem como processos e cultura das instituições adquiridas, principalmente no caso do Hospital São Luiz, onde foram implementadas algumas práticas de backoffice já utilizadas pela rede nas ares de suprimento e faturamento. “Tivemos um tempo para entender o negócio do Hospital São Luiz e também da cultura regional, com isso pudemos juntar o melhor das boas práticas usadas nos mercados paulista e carioca e levar para toda a rede São Luiz, como foi feito com a área de suprimentos que implementamos em São Paulo”, acrescenta Gavina.

Segundo o diretor, a estruturada de relacionamento com os médicos prestadores de serviço do São Luiz foi mantida. “Embora tenha sido uma compra foi feito um intercâmbio com as práticas administrativas e assistenciais. Este formato está muito bem estruturado aqui e pretendemos adotá-lo em toda a rede, pois o que era bom aqui no Rio levamos para São Paulo e vice e versa”.

Outra adaptação trazida pelo grupo carioca à rede paulista de hospitais foi o alinhamento de seu sistema de gestão administrativo, que é padrão para todas as unidades da Rede D´Or. “Entramos no São Luiz durante a transição de seu sistema de gestão hospitalar, e foi preciso calibrar as mudanças para que o impacto na comunidade médica fosse o menor possível, para que os novos softwares de gestão e prontuário eletrônico entrassem em operação causando o mínimo de transtorno”, diz Gavina.

Pouco mais de um ano depois da aquisição do Hospital São Luiz, a empresa carioca já investe na expansão da marca em São Paulo. A quarta
unidade do Hospital São Luiz custará R$ 90 milhões e deverá ser entregue em 2012.
O novo São Luiz ocupará uma área de 20 mil metros quadrados e contará com cerca de 200 leitos, pronto-socorro, centro cirúrgico, maternidade, além de 200 médicos. A entidade terá capacidade para realizar até mil cirurgias e 20 mil atendimentos ao mês.

Relevância regional
“Nosso objetivo é ser o melhor em cada região onde atuamos, e para isso adquirimos o melhor hospital possível”, apresenta Gavina ao falar da entrada da Rede D´Or em São Paulo. Segundo o executo, por possuir uma grande concentração de renda a região de São Paulo já representa mais de 50% do faturamento do grupo, que em 2010 chegou a R$ 2,3 bilhões.
“A avaliação desse primeiro ano em São Paulo é totalmente positiva. Estamos buscando a melhoria em todos os níveis da
empresa que já mostra índices positivos e sustentáveis para os próximos anos”.
Durante a entrevista, Gavina não descartou a possibilidade da Rede D´Or adquirir novas instituições de saúde. “Sempre existe a possibilidade de novos negócios e já existem oportunidades nas quais estamos de olho”, completa.
Fonte:saudeweb28/11/2011



Legados de fusões comprometem construtoras

Operações para ganho de sinergia acabaram provocando atrasos em obras de empresas como Gafisa e PDG Realty.

Focando sinergia e aumento de capital, as aquisições e fusões no setor de construção nem sempre trazem apenas benefícios. A herança de antigas administrações pode prejudicar o desempenho financeiro de marcas consolidadas, exemplo das construtoras Gafisa e PDG Realty.

Os legados das companhias adquiridas, Tenda e Agre, respectivamente, comprometem os cronogramas de entrega de obras e podem levar à práticas não usuais, como o cancelamento de algumas incorporações na tentativa de reduzir prejuízos.

A suspensão de obras, que há anos não ocorria com intensidade no Brasil, relembra o fantasma da falida Encol, que no final dos anos 1990 deixou milhares de compradores sem seus imóveis.

A PDG Realty comprou a Agre em 2010, somando valor de mercado de R$ 8,8 bilhões. Porém, a empresa herdou da Agre três obras não terminadas em Santos (SP). As unidades tornaram-se problema e o atraso na entrega dos imóveis rendeu pelo menos 45 processos no escritório de advocacia Dutra & Saad Associados.

Apesar de reportar um lucro 14% superior ao acumulado entre janeiro e setembro de 2010, somando R$ 752 milhões nos nove meses deste ano, a PDG viu suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo caírem como reflexo de rumores negativos de mercado causados também pelo atraso em obras.

A trajetória da Gafisa é semelhante. Depois de apostar em construção de imóveis para baixa renda por duas vezes, em negócios que não foram levados adiante, a construtora decidiu persistir no segmento e iniciou a compra da Tenda em 2008, processo que deve ser concluído neste ano com a aquisição de 20% das ações.

Atualmente, o braço econômico da Gafisa tem cerca de 30 mil unidades em construção. Deste total, 11 mil ainda não foram contratadas pela Caixa Econômica Federal e 20% disso, 2,2 mil unidades, têm problemas que podem levar à revisão das obras.

A empresa informou que está reavaliando projetos e cogita cancelar aqueles onde ainda não há 20% de andamento das obras. A Gafisa prometeu devolver o dinheiro aos consumidores, além de indicar empreendimentos similares como opção de compra.
Segundo Marcelo Tapai, Tapai Advogados, escritório especializado em direito imobiliário, a prática de cancelar obras não é usual, mas judicialmente é permitida após seis meses do registro da incorporação, desde que haja o estorno integral do valor pago. Em alguns casos os consumidores também têm direito há valores por perdas e danos morais.

Estratégia

Tapai viu o volume de processos contra construtoras em seu escritório disparar nos últimos três anos.
"A data de entrega dos imóveis virou estratégia de venda", avalia.
Segundo ele, a padronização das plantas para a obtenção de ganhos de escala acabou mudando o foco dos clientes, que antes procuravam por diferenciais na estrutura dos imóveis.
"Ficou tudo muito parecido. Agora se compra o apartamento com a promessa mais rápida de entrega", diz.

Para não perder a briga, as construtoras prometem datas cada vez mais apertadas e acabam se perdendo nos prazos. Normalmente, por questão de financiamentos, as empresas de construção só recebem cerca de 30% do valor total dos empreendimentos durante o andamento das obras.

"Por isso, as construtoras trabalham com um volume grande de canteiros sendo executados ao mesmo tempo, para proporcionar capital de giro", explica Tapai. Daí o risco aumentado de atrasos.Por Michele Loureiro
Fonte:brasileconomico 28/11/2011



Usiminas compra Mineração Ouro Negro por US$367 mi

A Usiminas anunciou nesta segunda-feira a compra da Mineração Ouro Negro, empresa com reservas de 200 milhões de toneladas de minério de ferro na região de Serra Azul (MG), por 367 milhões de dólares.

As reservas fazem divisa com os direitos minerários atualmente detidos pela Mineração Usiminas, "o que amplia o acesso da companhia às suas reservas através da majoração da cava".

"Estima-se que serão liberadas aproximadamente 350 milhões de toneladas, que, somadas às reservas adquiridas, totalizam cerca de 550 milhões de toneladas de minério de ferro", afirmou o grupo siderúrgico em comunicado.

A Usiminas informou ainda que concluiu a aquisição da mineradora J. Mendes, em que acertou pagamento adicional de 100 milhões de dólares a ser desembolsado "parte à vista e parte em 36 parcelas mensais iguais a partir de janeiro de 2012".

A empresa havia anunciado a aquisição da J. Mendes em 2008, ao preço de 1,8 bilhão de dólares, com possibilidade fazer pagamentos adicionais que elevariam o valor a um máximo de 1,9 bilhão de dólares, dependendo do conteúdo mineral das reservas.

Os anúncios foram feitos um dia depois que o grupo ítalo-argentino Techint anunciou a compra das participações de Camargo Corrêa e Votorantim no bloco de controle da Usiminas, em uma operação de cerca de 5 bilhões de reais.

A Mineração Usiminas também fez acordo de cooperação operacional com a Ferrous Resources do Brasil para exploração de reservas contíguas na mina Santanense, também em Serra Azul. Por Alberto Alerigi Jr.
Fonte:estadao28/11/2011



Efeito Blackstone

A área de assessoria de fusões e aquisições do Pátria Investimentos tem sido uma das mais beneficiadas pela associação feita no ano passado entre a gestora brasileira e o Blackstone, um dos maiores fundos de private equity do mundo.

Dos cerca de vinte mandatos de compra ou venda de empresas que o Pátria tem na carteira, seis são grandes operações cross borders (que envolvem investidores estrangeiros e empresas nacionais), feitas com o fundo.
Fonte:estadao28/11/2011



“Elite” amplia corte de Selic

O mercado em geral mantém a expectativa de taxa Selic em 10% no ano que vem, mas a “elite” das instituições – reunidas no grupo Top 5 de maior acerto nas estimativas da pesquisa Focus – segue cortando sua projeção para o juro a médio prazo.

Esse grupo reduziu a Selic a 9,50% na última semana. E a taxa contempla ciclo de baixa de 2 pontos percentuais a partir da última reunião do Copom de 2011, que termina na quarta-feira.

Descontando desse juro nominal a inflação de médio prazo medida pelo IPCA também sinalizada pelo grupo Top 5 – feita por outro time de instituições – o juro real brasileiro passou a rondar 3,80% e torna mais factível o “Cenário Dilma”, de Selic próximo de 2% até o fim do mandato da presidente.

Os rankings de médio prazo consideram a precisão média das projeções de três períodos consecutivos de 4 meses em relação aos resultados efetivos de três meses que o antecedem.

Estão no grupo Top 5 médio prazo para a taxa Selic em outubro, o ranking mais recente do Banco Central, a líder Franklin Templeton Investimento Brasil, Banco Itaú, Petrobras, HSBC Bank Brasil e Deutsche Bank.
O grupo Top 5 médio prazo para o IPCA em outubro é composto pelo líder Banco JBS, HSBC Asset Management, BB DTVM, BrasilPrev e Banco Citibank.
Fonte:valor28/11/2011



Brazil Pharma comprará unidades da rede Estrela Galdino

Empresa vai adquirir dez drogarias e um centro de distribuição da rede na Bahia

A operação inclui também o estoque total da Estrela Galdino e seu centro de distribuição, cujo valor será apurado após realização de inventário pela Brazil Pharma

Rio de Janeiro - A Brazil Pharma anunciou nesta segunda-feira que firmou memorando de entendimento para adquirir dez drogarias e um centro de distribuição da rede Estrela Galdino, marcando a entrada da holding de farmácias do banco BTG Pactual na Bahia.

"A Estrela Galdino é uma das redes mais importantes da Bahia, onde opera há aproximadamente 46 anos, tendo uma posição de destaque na cidade de Salvador. Suas operações são divididas entre drogarias e farmácias de manipulação", afirma a companhia no comunicado.

Segundo o documento, o valor da operação é de até 18 milhões de reais, sendo 11 milhões de reais referentes à transferência das lojas e outros 3 milhões de reais para compra obrigatória de ações ordinárias da Brazil Pharma.

A Brazil Pharma pagará, ainda, até 4 milhões de reais com base no faturamento médio mensal das lojas nos últimos três meses do período de um ano a partir da transferência da última loja ou da transferência completa das quotas da sociedade detentora à Brazil Pharma.

A operação inclui também o estoque total da Estrela Galdino e seu centro de distribuição, cujo valor será apurado após realização de inventário pela Brazil Pharma, acrescenta o documento.

"A transação não contempla a aquisição da operação de manipulação nem a aquisição das marcas utilizadas pela Estrela Galdino nos Estabelecimentos", conforme o comunicado. Por Diogo Ferreira Gomes daReuters
Fonte:exame 28/11/2011



Por r$ 5 bi, Techint fica com 27,7% da Usiminas

Techint entra na Usiminas por r$ 5 bilhões

A disputa entre três grupos empresariais pelo direito de se tornar controlador da Usiminas terminou com a vitória da Ternium, o braço de siderurgia da Techint, que havia manifestado seu interesse pelo negócio há apenas 10 dias - os dois outros candidatos eram a CSN e a Gerdau. Foi divulgado ontem à noite o anúncio oficial de que a Ternium e suas coligadas fecharam a aquisição das participações acionárias que os grupos Camargo Corrêa e Votorantim detinham na Usiminas, somando uma fatia de 27,7% do capital votante, por mais de R$ 5 bilhões

A argentina Ternium, braço siderúrgico do grupo Techint, fechou ontem a compra das participações acionárias dos grupos Camargo Corrêa e Votorantim e da Caixa dos Empregados (fundo de pensão) na Usiminas. A empresa vai desembolsar pouco mais de R$ 5 bilhões para comprar 139,7 milhões de ações ou 27,7% do capital votante da Usiminas. Com isso, passa a dividir o controle da siderúrgica mineira com a japonesa Nippon Steel.

A compra será feita pela Ternium e suas subsidiárias Siderar e Confab Industrial (subsidiária da Tenaris). O grupo Techint é controlado pelo empresário ítalo-argentino Paolo Rocca.

A Ternium e a Siderar vão pagar o equivalente a R$ 4,1 bilhões com caixa e dívida. A Confab vai desembolsar R$ 900 milhões para cumprir sua parte da operação, que consiste em comprar 5% das ações ordinárias e 2,5% do capital social da Usiminas.

Pouco antes das 22 horas de ontem, a operação foi comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os compradores pagarão R$ 36 por ação, com prêmio de pouco mais de 80% sobre o valor de fechamento dos papéis na sexta-feira (ou 41% sobre o valor médio dos últimos seis meses, em dólar). Apesar disso, o preço final é inferior aos R$ 40 por ação que chegou a ser negociado entre as partes. Depois que o interesse da Ternium foi divulgado pela imprensa, houve uma renegociação.

Além de comprar os papéis de Camargo e Votorantim, a Ternium, juntamente com a Nippon, vai adquirir parte da fatia acionária da Caixa dos Empregados da Usiminas.

Com essa transação, o grupo de controle da Usiminas será composto por Nippon, com 46,1% dos votos, Caixa dos Empregados, com 10,6%, e Ternium e coligadas, com 43,3% de participação. A maioria das decisões necessitará de pelo menos 65% de votos favoráveis para aprovação, de acordo com o comunicado.

O desfecho da disputa pela fatia de 26% da Usiminas acontece após cerca de um ano de negociações e coloca um ponto final nos planos do empresário Benjamin Steinbruch, dono da siderúrgica CSN, de ser controlador da Usiminas. A Ternium desbanca, também, o grupo Gerdau. Como integrante do bloco de controle, a Nippon Steel tinha direito de preferência para comprar as ações de Camargo e Votorantim e queria barrar o acesso de Steinbruch. Este implementou estratégia de adquirir ações da Usiminas em bolsa para tentar, por fim, negociar sua entrada no bloco.

Mesmo com a entrada da Ternium na disputa, a CSN seguiu sua investida estratégica sobre a companhia mineira com a compra de ações na bolsa. Conforme o último comunicado feito pela CSN, no dia 18, a empresa comanda por Benjamin Steinbruch alcançou participação de 20,14% nas ações preferenciais da concorrente, elevando a fatia que era de 15,15% no fechamento de setembro. A participação no capital com direito a voto teve pequena alteração, passando de 11,29% para 11,66%.

A compra de ações da Usiminas gerou perdas à CSN. Até setembro, houve uma desvalorização de R$ 446,9 milhões na participação na rival, segundo dados do balanço do terceiro trimestre, comparado a um ganho de R$ 206,9 milhões nos nove primeiros meses do ano passado. No fim de setembro, a CSN tinha 11,29% das ordinárias e 15,15% das preferenciais da Usiminas. A conta também inclui uma fatia de 9,39% da siderúrgica de Volta Redonda (RJ) na beneficiadora de aços planos Panatlântica, de Gravataí (RS).

A aquisição das ações da Votorantim e da Camargo na Usiminas pela Ternium não vai inviabilizar o projeto de construção de uma usina siderúrgica no Porto Açu, em Barra de São João, controlado pela LLX, empresa do grupo EBX de Eike Batista, apurou o Valor. O projeto da usina é estimado em US$ 4,7 bilhões e visa produzir placas de aço para suprir as usinas siderúrgicas da Ternium no México.

Com a entrada da companhia no bloco de controle da Usiminas, a ideia, segundo fontes envolvidas na negociação, é destinar também parte dessas placas para serem laminadas na usina de Cubatão, da Usiminas, para exportação. Para isso, é fundamental que seja construído um ramal da FCA que vá até o porto para enviar as placas através da ferrovia para Cubatão.
O projeto da Ternium, no litoral fluminense já tem licença prévia ambiental e até março deve ter também licença de instalação. A siderúrgica do Açu será abastecida de minério de ferro pela Anglo Ferrous, subsidiária da mineradora da sul africana Anglo American.usina siderúrgica no Porto Açu, em Barra de São João, controlado pela LLX, empresa controlada pelo grupo EBX de Eike Batista, apurou o Valor.

Somando os dois negócios - a compra dos 26% da Usiminas e a nova usina no Rio de Janeiro -, a Ternium deverá investir mais de R$ 13 bilhões no mercado brasileiro, observou uma fonte.

A possível entrada da Ternium na Usiminas não foi bem recebida pelos investidores, que estavam descrentes quanto ao fechamento do negócio por causa do preço oferecido, considerado elevado. Quando começaram a surgir os boatos sobre o interesse da Ternium, depois confirmados pela companhia, as ações da Usiminas caíram na bolsa. Do dia 16 até sexta-feira, as ações recuaram 15,3%.

Na sexta-feira, as ações ordinárias (com direito a voto) da Usiminas fecharam a R$ 19,70 na bolsa. Portanto, o valor a ser pago pela Ternium, de cerca de R$ 36 por ação, representa um prêmio de mais de 80% sobre o preço de mercado dos papéis.

A Usiminas tem sentido os efeitos da crise no setor e reduziu a produção para 70% da capacidade. Até meados do ano, a empresa trabalhava com 90%. "Esse nível de 70% já é bastante baixo", disse, recentemente, o seu presidente Wilson Brumer. "É lógico que nas nossas análises internas a gente está considerando o tempo todo o que fazer", disse ele, ao se referir à hipótese de fechar fornos e cortar pessoal. "Só chegaremos a adotar uma mudança mais drástica se a gente não vir nenhum cenário de mudança em relação ao atual", disse. O cenário número um da empresa, no entanto, é de alguma melhora.

Apesar do otimismo, a Usiminas está se desfazendo de ativos para reforçar o caixa. Lotes, apartamentos, fazendas são alguns dos imóveis vendidos e com os quais espera ter um ganho de cerca de R$ 300 milhões até 2013. São mais de 250 ativos imobiliários não operacionais para venda. No terceiro trimestre, a receita líquida ficou em R$ 2,998 bilhões. O valor se compara aos R$ 3,241 bilhões do terceiro trimestre do ano passado.

A Ternium registrou lucro líquido de US$ 23,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, o que representou uma queda de 91% diante dos US$ 247 milhões na comparação anual. No acumulado de janeiro a setembro, a empresa acumulou lucro líquido de US$ 513,5 milhões, um recuo de 24% em relação aos US$ 676,6 milhões dos nove primeiros meses de 2010.

As vendas líquidas da Ternium no terceiro trimestre aumentaram 5%, somando US$ 2,4 bilhões nesse período. Nos nove primeiros meses de 2011, a siderúrgica argentina acumula receita líquida de US$ 6,9 bilhões., uma expansão de 28% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Ternium teve 34% de suas vendas em dólares, no terceiro trimestre, geradas nas Américas Central e do Sul. Outros 33% foram provenientes da América do Norte. (Com Marcos de Moura e Souza, Alberto Komatsu e Silvia Fregoni). Por Vera Saavedra Durão e Vanessa Adachi
Fonte: ValorEconômico 28/11/2011