10 novembro 2011

Novos Brics viram alvo da Baumann

Consultoria de negócios internacionais, nascida a partir de projeto de mestrado, aponta os 11 novos mercados globais.

As empresas brasileiras precisam adicionar rápido ao jargão corporativo a expressão "the next eleven countries" (ou N-11, sigla que agrupa os potenciais "onze novos países" da economia mundial).

Por quê? Porque o aumento do custo de vida na meca dos negócios, a China, promete elevar os salários e, consequentemente, o custo de produção no gigante asiático.

Pelo menos é esta a leitura do empresário Renato Castro, sócio da Baumann, consultoria especializada em mediar o contato entre companhias brasileiras e chinesas.

"A China tem no máximo mais oito anos de crescimento forte. Os próprios chineses já estão saindo de lá para investir em outros países", afirma.

Castro aponta o grupo listado pelo banco Goldman Sachs, criador da sigla N-11 (Bangladesh, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão,Turquia e Vietnã), como substituto dos Brics na liderança do crescimento global.

É este novo pelotão que a Baumann se concentra para apresentar às empresas brasileiras.

Segundo Castro, o N-11 tem mercado interno em expansão, recursos naturais disponíveis e potencial para ganhar escala produtiva. "Se tivéssemos prestado atenção quando o Goldman criou a sigla Brics há dez anos, ninguém estaria surpreso de ver o Brasil ajudar a Europa a pagar sua dívida hoje", avalia.

Freelancer virou empresa

Radicado no país asiático há seis anos, o administrador de 38 anos criou a Baumann a partir de projeto de mestrado em economia internacional feito na Alemanha. Em 2005, ele migrou para Pequim para fazer doutorado na área.

Mas resolveu cancelar o curso três meses depois para voltar ao mundo corporativo, onde havia sido diretor de marketing em uma empresa portuguesa instalada em João Pessoa (PB).

Enquanto procurava emprego, aceitou fazer um trabalho freelancer para coordenar a ida de um grupo de brasileiros a uma feira de negócios chinesa. Como não tinha empresa formada, teve de colocar US$100 mil do bolso para receber quando o grupo chegasse.

Foi em meio ao ciceroneamento que veio a ideia de assessorar brasileiros a entender a rede de fornecedores chineses. Hoje, o turismo empresarial é parte pequena da Baumann.

Entre projetos em andamento, ela negocia a criação de rede de autopeças para motocicletas para pequenas montadoras brasileiras e a ida de montadora de caminhões para o Paraguai.

A consultoria coordena carteira de negócios de mais de US$ 100 milhões por ano em três escritórios com 27 funcionários na China. O montante é fruto da mediação entre chineses e clientes de 13 países, onde a companhia pretende instalar agora escritórios regionais de representação. Por Nivaldo Souza
Fonte:brasileconomico10/11/2011

10 novembro 2011



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