15 setembro 2011

Startups oferecem sociedade a funcionários

Em um mercado em que grandes companhias disputam os profissionais mais experientes, pequenas empresas nascentes - as chamadas startups - têm atraído um perfil de trabalhador disposto a apostar em uma proposta nova. São os chamados 'funcionários empreendedores', que aceitam trocar os benefícios de uma multinacional pela possibilidade de ganhos maiores, como sócio minoritário de um negócio.

Para formar sua equipe no País, os empresários americanos Davis Smith e Kimball Thomas ofereceram uma pequena cota aos profissionais escolhidos para ocupar os cargos mais importantes na empresa. Neste grupo inicial estão Márcio Roberto Gaiot, de 31 anos, e Ana Cristina Rossi, de 33 - eles serão, respectivamente, responsáveis pelas áreas de logística e de contatos comerciais do site Baby.com.br, que deverá ser lançado até o fim do ano.

Tanto Ana quanto Márcio deixaram gigantes multinacionais para apostar suas fichas na startup. Márcio era gerente de logística de e-commerce do Walmart quando recebeu o convite dos empreendedores americanos. 'Eles chegaram a mim por indicações. Depois de um mês de conversa sobre o que se tratava o empreendimento, aceitei o convite. O que me atraiu foi o conceito e também o nicho de produtos de bebê. Em termos profissionais, tenho mais liberdade para pôr ideias em prática, algo que era mais difícil no Walmart, a maior empresa do mundo.'

Responsável pela logística, Márcio terá de cumprir metas ambiciosas, incluindo a entrega em até 24 horas para vários localidades brasileiras. 'Quero oferecer de forma sistêmica o que hoje existe somente em casos específicos, em locais específicos. O objetivo é ter um serviço premium para o maior número possível de clientes', diz o gerente de operações da Baby.com.br.

Cabeça de dona. Ana Cristina, que já trabalhou no Submarino e no Extra.com, estava na área de compras das lojas físicas Carrefour antes de migrar para a Baby.com.br. A gerente comercial do novo site diz que é um bom momento para apostar no comércio eletrônico - no ano passado, segundo dados da consultoria ebit, as vendas pela web cresceram 40% em relação a 2009. 'Tenho uma autonomia maior, sou responsável por todo o sortimento de produtos e também pelas campanhas de vendas.'

No entanto, o principal motivo para a aposta na startup foi a chance de virar sócia de um negócio com perspectivas de expansão. 'Você recebe uma cota menor, mas é dono do negócio junto com os empreendedores. Invisto meu capital humano para captar o retorno mais adiante', explica. Segundo Ana, caso o negócio dê certo, suas possibilidades de rendimento também se multiplicarão. 'É preciso confiar no projeto e no plano de negócios,
Fonte:estadao15/9/2011

15 setembro 2011



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