16 setembro 2011

Cervejaria Sagres quer mercado brasileiro em 2012

Controlada pela holandesa Heineken, a Sagres pretende disputar um lugar nos copos, mesas e prateleiras brasileiras já no próximo ano.

Quarta marca em vendas do grupo Heineken na Europa, a cerveja portuguesa Sagres será produzida no Brasil a partir de 2012 pela Sociedade Central de Cervejas e Bebida (SCC).

Presidente da Comissão Executiva da SCC, Alberto da Ponte revelou ao Brasil Econômico que a estratégia da empresa, que desde 2008 tem a Heineken como controladora integral, é desembarcar gradativamente no país, inicialmente pelos mercados do Rio de Janeiro e da região Nordeste.

A intenção, de acordo com o executivo, é aproveitar as oito fábricas da cervejaria holandesa no Brasil e os canais de distribuição da Femsa, também adquirida pela Heineken no ano passado.

O desembarque da Sagres no Brasil é um sonho antigo da SCC, mas só agora começa a se consumar através de estudos estratégicos que deverão ser concluídos nos próximos meses.

Por enquanto, revela Pontes, o grupo não tem meta para ampliação do número de estados brasileiros a receber o produto. Com vendas anuais de 4,5 milhões de hectolitros, a marca portuguesa ocupa a quarta colocação no ranking de cervejas da Heineken na Europa.

A Sagres também está presente nos mercados americano e em alguns países da África. O lançamento no Brasil tem sido auxiliado pela Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro.

Pontes revela que o objetivo no Brasil é ocupar nichos abertos no mercado brasileiro, hoje francamente dominado pela concorrente belgo-brasileira Inbev. Embora residual, tal participação, se consumada, pode representar mais do que o total de vendas da Sagres em Portugal, segundo o executivo.

Devido a uma teia de participações cruzadas, a sinergia com a Heineken assegura à Sagres, no país, a perspectiva de utilização do sistema de distribuição da Femsa, o mesmo dos refrigerantes da Coca Cola.

Bebidas

O mercado de bebidas nacional vive um 2011 de agitação e aumento da competitividade, tanto nas fusões como na entrada de novos produtos no mercado nacional.

A última novidade veio do início da comercialização da Budweiser no Brasil. A controladora Ambev apostou em um produto do segmento premium, com preço entre 15% e 30% acima das marcas do circuito.

Um dos principais eventos do ano foi a compra do controle da Schincariol pela japonesa Kirin.

A operação de US$ 3,95 bilhões envolveu a aquisição de 50,45% das ações da empresa.
Fonte:brasileconomico16/09/2011

16 setembro 2011



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