06 julho 2011

BTG Pactual lidera ranking de fusões e aquisições no Brasil

O BTG é liderado pelo bilionário André Esteves

O BTG Pactual liderou um ranking de fusões e aquisições no Brasil no primeiro semestre deste ano, à medida que seu foco em varejo e outros segmentos em rápido crescimento se reverteu na participação de acordos de grande valor.
O BTG ultrapassou rivais como o Goldman Sachs no ranking após ajudar a financiar dois dos três maiores acordos no primeiro semestre, segundo dados da Thomson Reuters. O BTG, liderado pelo bilionário André Esteves, coordenou 15 transações totalizando US$ 17,7 bilhões, ou um terço do valor das negociações anunciadas no país de janeiro a junho.

A maior e mais complexa operação --um plano para combinar uma empresa de investimentos do BTG com o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) e o Carrefour no Brasil-- foi revelada na semana passada.
A criação de uma gigante no varejo brasileiro ainda precisa do aval dogrupo francês Casino, um dos principais sócios do Pão de Açúcar e que tem se mostrado reticente ao negócio.

Um total de US$ 53,5 bilhões em acordos foram anunciados no Brasil de janeiro a junho, uma queda de 15,8% frente a um ano antes, mostraram os dados. O número de transações anunciadas, contudo, avançou 2,7%, para 346.

Participantes do setor financeiro notaram que fusões corporativas devem ganhar maior impulso nos próximos meses, conforme milhões de brasileiros entram para a classe média, os fundamentos da economia permanecem sólidos e as companhias têm maior acesso a diversas fontes de capital.

"Os fundamentos da economia permanecem muito fortes", disse o sócio sênior que dirige a divisão de banco de investimentos do BTG Pactual, Guilherme Paes, à Reuters. "Veremos um número crescente de empresas buscando maior tamanho financeiro e operacional por meio de uniões".

A necessidade de consolidação doméstica e uma moeda forte, que torna aquisições no exterior mais baratas para empresas brasileiras quando medidas em reais, também favorecem fusões e aquisições.

Investidores estrangeiros e locais estão confiantes de que o Brasil irá se distanciar de uma recente retomada na aversão ao risco e compensará percepções de que o mercado brasileiro está sobrevalorizado.

O aumento das comissões, que profissionais do setor financeiro afirmam terem superado US$ 1 bilhão no Brasil no ano passado, continua apesar da intensa competição entre os bancos de investimentos.

O BTG e os rivais estão combinando assessoria e estruturação financeria com serviços mais especializados para ampliar a receita.

Além do acordo com o Pão de Açúcar, o BTG coordenou a restruturação corporativa da empresa de telefonia Oi, entre outros negócios.

A unidade de banco de investimentos do Santander ficou em segundo lugar no ranking, tendo participado em fusões e aquisições avaliadas em US$ 12,9 bilhões, de acordo com os dados Thomson Reuters.

O Golman Sachs participou de acordos no valor de US$ 11,9 bilhões. O Credit Suisse ficou em quarto lugar, com quase US$ 9,4 bilhões, enquanto o Itaú BBA, unidade do Itaú Ubibanco, aparece em seguida com US$ 8,2 bilhões.
Fonte:Uol/Reuters05/07/2011

06 julho 2011



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